Teatro Municipal de SP anuncia retomada da programação com três óperas

Apresentações acontecerão no segundo semestre como parte de programação com trinta outros eventos

Por: Estadão Conteúdo  -  24/06/21  -  10:40
  O Teatro Municipal de São Paulo planeja sua reabertura com programação extensa
O Teatro Municipal de São Paulo planeja sua reabertura com programação extensa   Foto: Ricardo Kleine

O Teatro Municipal de São Paulo apresentará três óperas no segundo semestre como parte de uma programação com trinta programas diferentes, que vão ocupar tanto o palco e como também outros espaços na cidade. A partir deste final de semana, o teatro retoma as apresentações presenciais, com recital do Quarteto de Cordas da Cidade.


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A temporada até o final do ano foi anunciada na tarde desta terça-feira (22), e é a primeira preparada pela organização social Sustenidos que, desde o final de maio, é oficialmente a nova gestora do Municipal e de seus corpos artísticos, com um contrato de cinco anos e um orçamento de cerca de R$ 600 milhões.


O edital de chamamento levou mais de seis meses para ser finalizado e se encerrou com a vitória da entidade - o Instituto Baccarelli, segundo colocado na disputa, entrou na semana passada com uma representação no Tribunal de Contas do Município pedindo a revisão do resultado e ainda aguarda uma determinação da corte.


A temporada segue a linha que vinha sendo adotada pela gestão anterior, capitaneada por Hugo Possolo, tanto como diretor artístico quanto como secretário municipal de Cultura, que hoje ocupa a presidência da Fundação Theatro Municipal. Os espetáculos propõem o diálogo entre diferentes manifestações artísticas e a manutenção da série Novos Modernistas; também foi mantida a série que leva ao espaço peças de teatro.


O teatro vai apresentar três óperas: em setembro, Maria de Buenos Aires, de Astor Piazzolla, com direção cênica do cineasta Kiko Goifman; e, em novembro, The Rake’s Progress, de Stravinski, colaboração artística de Maria Thais e Julianna Santos. O terceiro título, A Voz Humana, de Poulenc, em outubro, será combinado com Ópera Aberta Para Cantora e Halterofilista, de Gilberto Mendes.


Estão previstas ainda intervenções urbanas, com a ópera como tema, por parte do coletivo teatral BijaRI, assim como o projeto Cine-Ópera, com projeções de óperas em diferentes pontos da cidade, ao ar livre, pare celebrar os 110 anos do teatro. Na série Novos Modernistas, haverá uma apresentação dos Waujá, indígenas do Alto Xingu, e da obra Icamiabas, de João Guilherme Ripper, e concerto com obras de autores brasileiros em diálogo com intervenção do artista Ibã Huni Kuin.


Ao todo, a Orquestra Sinfônica Municipal fará onze programas ao longo do ano. O Quarteto da Cidade de São Paulo fará sete recitais, o Coro Lírico, três apresentações, e o Coral Paulistano, agora dirigido oficialmente pela maestrina Maíra Ferreira, quatro. O Balé da Cidade vai estrear coreografias para lugares abertos, e a Orquestra Experimental de Repertório fará um programa infantil em parceria com o grupo Giramundo. Além dos espetáculos que serão realizados em espaços públicos, os corpos artísticos farão apresentações em teatros de bairro.


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