Marcos Valle traz a Santos metamorfose em novo disco

Músico se apresenta neste sábado (4), no Sesc Santos

Por: Redação  -  03/06/22  -  10:09
Nome do disco, segundo artista, veio do atual momento, classificado por ele como de “ódio às artes”
Nome do disco, segundo artista, veio do atual momento, classificado por ele como de “ódio às artes”   Foto: Jorge Bispo/Divulgação

A partir das 20 horas deste sábado (4), o cantor, compositor, arranjador e instrumentista carioca Marcos Valle faz show no Teatro do Sesc Santos. O artista vem a Santos com seu último disco, Cinzento, lançado em janeiro de 2020 pela Deck, e que agora, pós-pandemia, finalmente ganha os palcos.


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Marcos (vocal, piano rhodes e teclados) será acompanhado pela banda formada por Patrícia Alvi (vocal), Jessé Sadoc (trompete/flugel/teclado), Jefferson Lescowich (baixo) e Renato Massa Calmon (bateria).


No repertório, Se Proteja (Marcos Valle/Bem Gil), Redescobrir (Marcos Valle/Moreno Veloso), Cinzento (Marcos Valle/Emicida) e Reciclo (Marcos Valle/Emicida), todas do novo álbum. Além dos sucessos Estrelar (Marcos Valle/ Leon Ware/ Paulo S. Valle) e Parabéns (Marcos Valle) - essa última regravada por ele recentemente com o compositor e cantor inglês Tom Misch.


Cinzento retoma referências musicais e temáticas do auge da metamorfose sonora criada por Marcos Valle nos primeiros dez a doze “capítulos” de sua discografia, materializadas no LP Previsão do Tempo, lançado em 1973, bastante cultuado pelas novas gerações.


Aquele álbum trouxe a maturação total dos grooves que acabou se tornando uma das principais marcas do estilo valleano, permeado por letras que apresentavam, em sua maioria, referências ao momento político conturbado do País, que em 1973 estava sob a ditadura militar.


De modo geral, as letras do novo álbum dividiram o repertório entre canções políticas e canções de amor. Mas não há qualquer contradição nesse convívio. Nas palavras de Marcos Valle, “no momento que a gente está vivendo agora, de tanto ódio, de perseguição às artes, de divisões entre pessoas da mesma família por discordâncias políticas, achei que o nome Cinzento cabia perfeitamente - e que só o amor vai poder resolver isso”.


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