Espetáculo infantil O Lá é Aqui alerta para a causa ambiental
Toda a história sai de dentro da carroça de Cosmo, que é o único elemento fixo no cenário da apresentação
Não há como “jogar o lixo para fora”, pois ele segue dentro do planeta. Esta é a ideia de unidade que molda o espetáculo de teatro infantil O Lá é Aqui. que estreia sua temporada virtual neste sábado (27). De forma lúdica, criativa e musical, utilizando apenas elementos reutilizáveis em cena, a peça explora personagens do folclore brasileiro e da voz à causa ambiental.
Neste final de semana, a transmissão de O Lá é Aqui será em dois canais do YouTube. Neste sábado (27), no do projeto Circênico Artes Integradas e, no domingo (28), no da Frente Ampla pela Cultura da Baixada Santista. Ambas as apresentações acontecem às 16 horas, de forma gratuita.
O espetáculo virtual tem como personagem principal o catador de lixo e artesão Cosmo, que busca convencer Caipora, Iara e Boto, três seres encantados do folclore brasileiro, a não irem embora por conta da atual situação do meio ambiente. Toda a história sai de dentro da carroça de Cosmo, que é o único elemento fixo no cenário da apresentação. Além disso, tanto o artesão como os personagens folclóricos são interpretados pelo mesmo ator, Diego Chilio, que também foi o responsável pelo texto de O Lá É Aqui.
Portanto, são máscaras, figurinos e outros elementos, todos feitos a partir de materiais recicláveis, que transformam a encenação. Além disso, o espetáculo possui músicas autorais, cantadas ao vivo.
Para quem não conseguir assistir à peça neste final de semana, a temporada virtual seguirá até o próximo dia 17. A programação completa está disponível no Instagram @OLaEAqui.
Consciência
Diego Chilio explica que O Lá é Aqui foi idealizado antes da pandemia, junto a Angela Ribeiro, que está na direção da peça e deu apoio na dramaturgia, além de Zenaide Denardi, assistente de direção.
No roteiro inicial, cada personagem era interpretado por um ator. Mas tudo mudou com a chegada do distanciamento social e a peça quase não saiu do papel. Até que Diego decidiu assumir o projeto em um formato de monólogo.
“Quando eu vi o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles falando sobre ‘passar a boiada’ durante a pandemia, no ano passado, eu pensei: ah, não! Vou reescrever essa peça e fazer sozinho da minha casa. Preciso fazer algo”, relembra Diego, que se diz antenado na causa ambiental. Após a reestruturação do projeto, Diego foi contemplado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, por meio do ProAC.
