Em Santos, as mil faces musicais de Luiz Caldas estão em apresentação nesta sexta

Considerado pai da Axé Music e Rei da Música Baiana, Luiz Caldas é muito mais: dono de uma sonoridade única, que mergulha na complexidade e pluralidade de vários estilos, o cantor e compositor é um exímio guitarrista que já se aventurou até pelo heavy metal. O artista mostra todo esse ecletismo nesta sexta (22), às 15 horas, no Instituto Arte no Dique (Av. Brigadeiro Faria Lima, 1,349, Rádio Clube, Santos), dentro do projeto O Som das Palafitas.

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Luiz promete um show mais intimista, com um cunho educacional, musicalmente falando. “Faço esse show com o meu filho na percussão. A apresentação foi pensada para ser uma viagem pela nossa música, a música baiana”, explica.

A pluralidade de gêneros musicais é presença VIP na apresentação de hoje. “Trago para o meu show essa mistura de estilos. É um show carregado de emoções também, pois acredito que a música em si é carregada de emoções, que podem ser felizes ou tristes, mas ninguém está imune a uma boa música”, afirma.

Início
Caldas começou cedo. Aos 7 anos, fez sua primeira apresentação e, desde então, não parou mais. Ganhou espaço no cenário musical de Salvador e hoje é considerado o pai da Axé Music e Rei da Música Baiana. “Muitos me chamam assim porque introduzi e abri portas para instrumentos como a bateria e o teclado no trio elétrico”, explica o artista.

O músico, multi-instrumentista, diz que sua formação musical veio do baile; foi onde aperfeiçoou e começou a tocar diversos instrumentos. “No baile, você aprende e toca de tudo um pouco, vários estilos diferentes também. Por isso, costumo lançar músicas que requerem bastante dedicação. Recentemente, lancei uma releitura da banda Pink Floyd, em que tive que adaptar aquele som de todos os instrumentos da banda para um instrumento só”.

Luiz Caldas já está costumado a ir do axé ao rock e do rock à MPB. Mas, entre todos esses gêneros musicais, acredita que os mais desafiadores de todos são a música erudita e o jazz. “Eles carregam uma ampla complexidade e um conhecimento harmônico. Acho o nosso chorinho também bastante desafiador”, admite o músico.

Um disco por mês
Desde 2013, o artista grava e lança um disco no início de cada mês com músicas inéditas. “Desde lá até agora, eu lancei mais de 120 discos e eles estão disponíveis gratuitamente em meu site oficial. É uma tradição: todo dia 1º de cada mês disponibilizo um álbum novo e autoral”.