Atração deste sábado em Santos, Supla fala de memórias e projetos futuros na música
Ao lado de Ritchie, Fernanda Abreu, Philippe Seabra e a Orquestra de Santos, ele canta na Praça Mauá
Não é à toa que Supla é ícone da cena roqueira do Brasil
Bob Marley, John Lennon e Elvis. Mas tem tanta gente. Dos brasileiros, Raul Seixas. O Caetano Veloso, pra mim, é o melhor cantor do Brasil. E do rock, uma pessoa que eu não vejo como ídolo, porque não gosto da palavra, é o Chorão, um cara de Santos.
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Tenho dois shows que marcaram: um na praia. A gente chegou de limusine, os fãs quebraram toda a limusine, foi uma loucura. E no Caiçara também foi muito louco. São coisas memoráveis em Santos. Os dois foram no final dos anos 80.
Tocar pelo Brasil, com os Punks de Butique. Estamos tocando direto, lançando uma música atrás da outra. Esta semana eu lancei um single chamado
Triste. Não sei nem o que falar. É triste, porque não acho os jogadores com falta de vontade, mas não sei dizer o que é. Se alguém soubesse, o time não ia estar nessa situação. De noite, quando vou comer um hambúrguer, chegam aqueles palmeirenses: eles só ganham, é irritante. E o Santos, quando jogou contra o Palmeiras na Vila, jogou bem para caramba. Teve jogos que eu vi e nem consegui me empolgar. A gente teve o Robinho, o Neymar, teve tanto jogador...
Gosto de tudo, faz parte. As piadinhas, os trocadilhos, surgiram na pandemia. Aconteceu naturalmente. Ao mesmo tempo, não tem só piadinha, sempre dou uns toques. Ontem mesmo, um cara fez uma piadinha: ‘se eu vir um cara na rua, dava as calças pro cara?’, Aí, eu falei para ele: ‘olha, independentemente da sua piadinha, quando você encontrar uma pessoa na rua pedindo dinheiro, se você não tiver dinheiro, só de parar e trocar uma ideia com a pessoa, ela já vai adorar, porque ela se sente invisível, o morador de rua se sente invisível. Se você tiver um dinheiro também pode dar, aí o cara vai gastar como ele quiser, não é da sua conta’. Vou falando coisas simples que podem ajudar de uma forma bacana. Encontrei a ex-esposa do meu irmão no aniversário da minha sobrinha e ela falou: ‘pô meu, o meu filho acompanha você e ele gosta das coisas que você fala’.
Papito é uma gíria porto-rriquenha. O síndico do meu prédio em Nova Iorque, quando eu morava lá, me chamava de Papito. Eu gostei e comecei a chamar todo mundo de Papito. O Champs é para cima, sabe? É uma palavra engraçada de falar e também vale pra homem, mulher, qualquer coisa. Eu gosto de falar Champs.
Eu adoraria conseguir um hit mundial. Acho que Green Hair poderia ter sido um hit mundial. Não sei como vai acontecer, mas eu gostaria. Você tem que continuar trabalhando, não vai cair do céu.
É um show bem divertido, meio nostálgico. Cada um canta duas canções e é legal ver essas canções feitas por uma orquestra.