Ações culturais formativas ajudam na luta contra a violência à mulher

Maristela Sanches Bizarro coordenará oficina para a realização de um curta no Santos Film Fest

Por: Bia Viana  -  18/03/21  -  15:39
Bate-papo sobre o tema nesta quinta (18), às 18 horas, nas redes sociais do festival
Bate-papo sobre o tema nesta quinta (18), às 18 horas, nas redes sociais do festival   Foto: Divulgação

Um das formas de combater a violência contra a mulher, bem como outras violências, é por meio de ações culturais formativas. Por isso, a convite do Santos Film Fest (SFF), a mestre em Comunicação e Semiótica e co-fundadora da Wift Brasil – organização global de fomento à participação da mulher no cinema –, Maristela Sanches Bizarro, realiza um bate-papo sobre o tema hoje, às 18 horas, nas redes sociais do festival.


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A especialista exemplifica como os painéis relacionados no evento podem contribuir com a luta pela paridade de gênero no cinema, especialmente na cena brasileira. “Recebemos com muita alegria o convite da equipe do Santos Film Fest, para desenvolver uma formação em gênero dentro do festival. Entre nossas propostas, coordeno uma oficina para realização de um curta-metragem com duração de um minuto, com temática de combate à violência contra a mulher”.


Esse projeto tem a participação da psicóloga Ana Rita dos Santos Ferreira e de Jerusa Macedo, gerente da plataforma de trilha sonora Kiwiii. “Trata-se de uma ação ousada, porque parte da reflexão da mulher participante sobre sua identidade e dos papéis tradicionalmente a ela atribuídos, o que compreende um olhar crítico para a mídia”.


Outras ações coordenadas pela WIFT Brasil no evento são a entrevista O processo de produção e direção dos testes de elenco, com a atriz e diretora de elenco Paula Pretta, e a masterclass A importância da pós-produção, com Soraia Callison, produtora executiva da Company 3 em Atlanta. “O encontro com essas profissionais reitera nosso entendimento de que é preciso promover a visibilidade do trabalho feminino”, reforça Maristela.


Linguagens


A discussão sobre como o uso das linguagens interfere diretamente na violência de gênero serve como um instrumento de luta contra desigualdades, combatendo números alarmantes de violência evidenciados pela especialista.


“No dia 9 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS), com base em um levantamento global, divulgou que ao menos um terço das mulheres no mundo (mais de 735 milhões) é vítima de violência sexual ou física durante a vida”, revela Maristela. “O Brasil, país em que milhares de mulheres são mortas todos os dias, colabora significativamente para essa estatística, que se agravou com a pandemia”.


Segundo ela, dados levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que houve um aumento de 22% nos registros de casos de feminicídio no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus. Por isso, ela destaca a importância da escuta ativa sobre o tema. “O festival está em sintonia com os novos tempos, que demandam um maior protagonismo feminino, atuante e reflexivo”.


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