Top Secret: OVNIS instiga curiosidade sobre a vida inteligente em outros planetas

Mesmo com discurso conspiratório que reforça a ficção, série documental aguça curiosidade sobre explorações científicas

Por: Bia Viana  -  14/08/21  -  08:11
 A série documental 'Top Secret: OVNIS' explora investigações sobre a existência de vida inteligente fora da Terra
A série documental 'Top Secret: OVNIS' explora investigações sobre a existência de vida inteligente fora da Terra   Foto: Divulgação/Netflix

A existência de vida inteligente fora da Terra é uma das principais buscas de cientistas e entusiastas do espaço ao longo dos últimos anos. A mística envolvendo um possível relacionamento com seres de outros planetas, que tenham suas próprias comunidades e formas de socialização, tem deixado acadêmicos e públicos em geral ansiosos por sinais de contato. Por isso, a série documental Top Secret: OVNIS, lançada pela Netflix, traz perspectivas animadoras sobre o assunto.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Considerando a presença já viabilizada de seres unicelulares, como amebas e algas, em outros planetas, estaríamos a poucos passos do encontro de formas de vida mais complexas. Segundo a série documental, amplas conspirações governamentais seriam responsáveis por acobertar as evidências de encontros com seres inteligentes, bem como sua divulgação ao público. Esse conflito de interesses também seria uma brecha para conflitos armados com esses possíveis "invasores", investigando as razões que outros seres teriam para vir ao nosso planeta e o que os motivaria a manterem distância.


O estilo sci-fi encanta na perspectiva do fã de ficções, mas a documentação repleta de furos (ou "acobertamentos", "conspirações" e "segredos de estado") segue fomentando a teoria conspiratória severamente desgastada de como interesses externos nos mantém longe da verdade. Nessa narrativa, perde-se um pouco da credibilidade que a série pretendia passar, arrastando novamente para o lado fantasioso e imaginativo da investigação espacial.


Segundo estudos do físico Michio Kaku, professor e co-criador da teoria das cordas (que ajuda a explicar a existência de universos paralelos), a chance de fazermos contato com extraterrestres neste século, numa escala de probabilidade de 1 a 10, é de 8. Sendo ou não uma questão de tempo, o fato é que em nossa galáxia existe a possibilidade de 10 bilhões de planetas parecidos com o nosso reservarem residentes surpreendentes.


Enquanto o satélite Kepler, da NASA, já catalogou 2.740 planetas similares à Terra com possibilidade de água líquida e vida, o alcance de outras civilizações pode estar mais próximo do que imaginamos. Porém, nos resta aguardar novos estudos e expedições que tirem essas ideias da fantasia e nos exponham contatos verossímeis com as demais realidades ao nosso redor.


Logo A Tribuna