Quase centenário, Museu do Café tem fachada renovada
Espaço foi reestruturado com pintura e limpeza como parte das comemorações de aniversário
Depois de um ano, a fachada do Museu do Café está renovada. E foi entregue nesta terça-feira (14), com presença do secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão, além do secretário de Cultura de Santos, Rafael Leal. Reconhecido como patrimônio nacional desde 2006, o prédio ainda passará por mais reformas até o ano que vem, contando o espaço do último andar, que voltará a abrigar um restaurante, e a iluminação da frente do museu. Um auditório, no 2º andar do edifício, foi entregue nesta terça (14).
As obras do espaço, que recebe anualmente mais de 350 mil visitantes, foram executadas em 10 meses. Segundo o secretário paulista, este é um dos espaços com mais relevância não só de Santos, mas também do Estado. Ele ressaltou que a iluminação vai deixá-lo ainda mais atraente, sem falar do restaurante, que agregará opção de lazer a quem mora em Santos ou vem visitar a Cidade.
“(Ao todo) será um investimento de mais de R$ 5 milhões para que o edifício da Bolsa, que abriga o Museu, chegue com todo seu esplendor no ano de seu centenário”, afirmou Sá Leitão.
Presente no evento, o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), afirmou que o prédio preserva a história dos tempos áureos do café e valorizou o prédio. “É o segundo equipamento mais visitado da Cidade por conta de seu acervo, beleza e da história do café. Para o centenário, vamos revitalizar a Rua XV para torná-la mais atrativa”, disse.
O chefe do executivo também afirmou que a revitalização faz parte de um movimento para trazer novas empresas para a região central. “(Isso) vai fortalecer a importância do Centro no seu papel comercial e trazer novas atividades”, diz.
Cursos
Ainda durante a visita à região, Sá Leitão anunciou que a Cadeia Velha de Santos vai abrigar uma Fábrica Cultural 4.0 a partir do ano que vem. As fábricas abrigam cursos preferencialmente a jovens vulneráveis de 10 a 24 anos, mas eles são abertos a todos.
Hoje, o edifício recebe apenas reuniões da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). “A Cadeia Velha se abre novamente à população e também desponta como espaço para geração de emprego e renda”, afirmou Rafael Leal.
Com a entrega, o espaço volta a ser ocupado pela pasta cultural, pedido antigo de artistas da região e que foi reforçado em 2019, durante o Região em Pauta, do Grupo Tribuna. À época, Leitão afirmou à A Tribuna que era de interesse do Estado “ocupar 100%” o espaço.
A Fábrica Cultural tem 12 unidades espalhadas pelo Estado. A versão 4.0, que possui cursos ligados à tecnologia, além dos de cultura, existe em duas cidades: São Bernardo do Campo e em Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo.
Na Cidade, além de dança, cinema e circo, haverá cursos de robótica, programação e desenvolvimento de games, além de impressoras 3D, ateliê de moda e estúdio para gravações musicais e audiovisuais. “A ideia é que essas pessoas saiam habilitadas para exercer a profissão”, diz Sá Leitão.
O secretário afirmou que este é um dos projetos culturais que fazem parte de um pacote de 15 obras do setor em andamento no Estado. “A cultura foi um dos meios mais atingidos, junto ao turismo, pela pandemia. Então, é nosso papel reforçar essa retomada, com o avanço da vacinação”, conclui.
