Personalidades são destaques em exposição no shopping de São Vicente: 'Deus cria, eu desenho'

Artista Nil apresenta retratos em realidade aumentada

Por: Redação  -  12/03/22  -  09:33
Atualizado em 12/03/22 - 10:20
Nil pinta e desenha desde criança: 'primeiro brinquedo'
Nil pinta e desenha desde criança: 'primeiro brinquedo'   Foto: Reprodução

“Deus cria, eu desenho”. A frase é a própria alma de Nill e se reflete em sua arte, seja como marca registrada (ele assina suas obras também assim) ou expressão do que quer transmitir. Um pouco dessa arte, mais precisamente 12 obras, está em exposição no Brisamar Shopping (Rua Frei Gaspar, 365, São Vicente), até o dia 31, na mostra Um Passo Além.


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“São 12 celebridades retratadas, que, de alguma forma conseguiram dar um passo além em suas áreas de atuação de atuação e se eternizaram, mesmo em vida”.


Entre as personalidades retratadas, estão Elis Regina, Juliana Paes (a quem o artista muito admira), Bob Marley, Madonna, Roberto Carlos, Ayrton Senna e Madre Teresa. A técnica utilizada nos retratos é misto de spray, caneta e pincel. “Até porque eu sou muralista, artista gráfico (de origem)”, explica.


Uma das doze personalidades retratadas é o Rei Roberto Carlos
Uma das doze personalidades retratadas é o Rei Roberto Carlos   Foto: Divulgação

Mas o próprio Nill foi um passo além nessa exposição: a maneira de apreciar as obras ultrapassa a experiência corriqueira em exposições de quadros. Com uma técnica de realidade aumentada, cada pintura reserva uma surpresa na tela do celular. Basta apontar a câmera a um QR Code associado a cada quadro para expandir a realidade.


Primeiro brinquedo

Nill é a persona por trás de Nilson Ferreira Júnior, de 45 anos. Santista, cresceu nos arredores do Canal 2, no Campo Grande, e desenha desde sempre. “Desde que me conheço por gente, foi primeiro brinquedo”.


O brinquedo foi ficando coisa séria quando, pelo bairro, o pessoal começou a pedir para aquele garoto talentoso, que adorava ficar desenhando tudo e todos em folhas sulfite, criar o logotipo de uma banda de Carnaval, por exemplo.


“Havia um rapaz que morava na Rua Paraná e chegou ao ouvido dele que eu pintava. Ele tinha os materiais e me convidou pra aprender a pintar com compressor, pistola, enfim, as técnicas de rua. A partir daí, comecei a trabalhar com arte”, relembra. Era 1999.


Trabalhou por alguns anos até ser absorvido por outras instâncias da vida. A arte, porém, sempre se manteve latente em Nill. Até que, em 2017, ele voltou a se dedicar integralmente a suas obras.


“Deus cria, eu desenho’, a frase que me trouxe até aqui, desde o começo. É uma crença particular, está acima até do meu nome, quem conhece meu trabalho, me conhece até pela frase”.


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