Obra de escultor Frans Krajcberg pode ser vista de graça em São Paulo ou on-line

Mostra celebra o centenário do artista polônes, radicado no Brasil desde 1948

Por: Estadão Conteúdo  -  26/07/22  -  09:37
A Flor do Mangue, obra do polônes radicado no Brasil desde 1948: um dos primeiros artistas a colocar a natureza em primeiro plano
A Flor do Mangue, obra do polônes radicado no Brasil desde 1948: um dos primeiros artistas a colocar a natureza em primeiro plano   Foto: Divulgação

O centenário do escultor polonês Frans Krajcberg (1921-2017), que durante sua vida trouxe elementos da natureza e um ativismo ambiental para as suas esculturas, é celebrado na exposição histórica Frans Krajcberg: Por Uma Arquitetura da Natureza, do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo.


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Gratuita, a mostra já tem uma versão on-line ativa no site do MuBE, para quem não estiver na capital paulista e quiser conhecer um pouco mais da obra de Krajcberg.


O centenário do artista ocorreu em 2021, mas começou a ser celebrado pela exposição em maio deste ano. Com 160 trabalhos, entre esculturas, pinturas, desenhos, gravuras e objetos, reunidos de diversos lugares, principalmente de Nova Viçosa, da Bahia – principal casa das obras do artista –, a mostra passeia pela produção de Krajcberg sem fugir do seu ativismo ambiental. Várias de suas obras são feitas com madeiras calcinadas por queimadas que ocorreram no Brasil.


Segundo Diego Matos, curador-chefe do MuBE, em vídeo de divulgação da exposição, a mostra é uma viagem por entre as fases de Krajcberg. “Ele foi um grande ambientalista. Muita gente o chamava de um artista-ecólogo.... É um nome reconhecido internacionalmente que vem após as vanguardas europeias”, destaca.


Vida
Krajcberg chegou ao Brasil em 1948, após sua família, toda de origem judia, ter sido morta durante o Holocausto da Segunda Guerra. Em 1951, participou da primeira edição da Bienal Internacional de São Paulo com duas pinturas, mas começou a explorar as esculturas. Se mudou para o Rio de Janeiro e chegou, inclusive, a dividir o ateliê com o escultor Franz Weissmann (1911-2005).


Residiu durante 45 anos em Nova Viçosa, no sul da Bahia, onde construiu mais de 300 esculturas, sempre de cunho ambiental, e chegou a plantar mais de 10 mil mudas de espécies nativas.


Foi um grande nome na defesa do meio ambiente, chegando a fotografar áreas atingidas por incêndios criminosos em algumas de suas viagens para o Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica.


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