Novo episódio de The Dark Pictures Anthology tem história focada em operação dos EUA no Iraque

Jogador conhece parte da história do lugar durante a aventura

Por: Stevens Standke  -  31/10/21  -  10:24
 House of Ashes tem história focada em operação dos EUA no Iraque
House of Ashes tem história focada em operação dos EUA no Iraque   Foto: Divulgação

Um grande acerto da produtora Supermassive Games e da publisher Bandai Namco foi investir em The Dark Pictures Anthology, série de jogos de terror lançada em 2019 que, a cada ano, ganha um game novo. O melhor é que os episódios têm se mostrado bem diferentes. Basta ver que o primeiro título da antologia, Man of Medan (2019), gira em torno de um navio fantasma. O jogo seguinte, Little Hope (2020), traz enredo ambientado em uma cidade abandonada, assombrada por bruxa da época da Inquisição.


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Já House of Ashes, recém-lançado para PlayStation 4 e 5, PC, Xbox One e Series, tem trama com pegada arqueológica e doses de geopolítica contemporânea. Isso porque o game se passa em 2003, na reta final da Guerra do Iraque. Tudo começa com um grupo de oficiais dos Estados Unidos se dirigindo para um complexo de casas na Cordilheira de Zagros, onde teoricamente Saddam Hussein estaria escondido e haveria um depósito de armas de destruição em massa. Só que, para surpresa geral, nenhuma das informações obtidas via satélite se confirma. Para completar, os soldados norte-americanos são atacados por militares iraquianos e a força das explosões faz com que um buraco se abra no solo.


Depois de cair nessa cratera, a equipe dos EUA se descobre nas ruínas de um templo sumeriano, de 2.231 a.C. Algo bem legal é que você conhece parte da história do lugar jogando no passado, quando o rei Narã-Sim da Acádia despertou a ira do deus Enlil, que castigou o déspota e seu povo de várias formas, incluindo o envio de criaturas do submundo para persegui-los.


Detalhe: além de encontrar os restos de uma expedição arqueológica no templo milenar, os soldados norte-americanos se deparam com essas criaturas subterrâneas, que, para alguns, seriam uma espécie de vampiro. Quer mais? Não demora muito para os oficiais dos EUA perceberem que alguns iraquianos também foram engolidos pela cratera e não vão sossegar enquanto os seus inimigos estiverem vivos.


Unindo forças
Você comanda, alternadamente, quatro militares dos Estados Unidos que estão presos no templo sumério: Rachel (interpretada pela atriz e cantora Ashley Tisdale); o seu ex-marido e comandante da equipe, Eric; Nick, com quem Rachel passou a se relacionar após se separar; e Jason, melhor amigo de Nick. Não precisa dizer que as questões pessoais dos personagens ajudam a deixar o jogo ainda mais intenso e envolvente, não é mesmo?


Como se isso não bastasse, o grupo é obrigado a se aliar ao soldado iraquiano Salim para conseguir resistir às investidas dos monstros. Cabe a você, com base nas suas habilidades e nas escolhas que faz durante o game, manter o máximo de personagens vivos até os créditos rolarem na tela. Logo, o jogo pode ter mais de um final. A única certeza é que, em House of Ashes, nem tudo é o que parece.


Presença garantida
Uma marca de The Dark Pictures Anthology é a história ser interrompida pela aparição do Curador, que, em uma biblioteca sinistra, procura dar dicas (e, às vezes, te confundir) no que diz respeito ao desenrolar dos fatos. E como nos games anteriores da série, dá para jogar sozinho ou com amigos (presencialmente ou de forma remota). Com gráficos bem trabalhados e legendas e menus em português, House of Ashes mantém os controles interativos que a antologia utiliza desde Man of Medan. Mas há espaço para um novidade ou outra, como a possibilidade de mirar onde o seu ataque vai atingir o adversário. A Supermassive só poderia ter polido um pouco mais o jogo, pois pequenos bugs surgem no decorrer da aventura.


Ah... Após os créditos finais, você tem uma prévia do próximo título da série: The Devil In Me, que vai fechar a primeira temporada de The Dark Pictures Anthology em 2022. Vai resistir?


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