Músico santista Marcelo Maccagnan lança novo álbum nos Estados Unidos e começa turnê

Há cinco anos morando por lá, o jazzista pôde compor durante o isolamento e lança o álbum Boundless

Por: Beatriz Araujo  -  19/06/21  -  07:22
  Maccagnan, junto a Kelvin Andreas, da Indonésia, e Andrew Cheng, da Malásia, lançam o álbum Boundless
Maccagnan, junto a Kelvin Andreas, da Indonésia, e Andrew Cheng, da Malásia, lançam o álbum Boundless   Foto: Divulgação

Após dezenas de lives musicais e de lançamentos feitos apenas nas plataformas digitais por conta da quarentena, o santista Marcelo Maccagnan, de 27 anos, pode enfim sentir a energia de tocar jazz em um palco, de frente para o público.


Esse é um retrato da cena musical voltando ao normal. Não aqui. Mas, sim, nos Estados Unidos, onde Maccagnan mora há mais de cinco anos, buscando se aprofundar no universo do jazz.


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Se preparando para a “reabertura total” em Nova Iorque, que está prevista para 1º de julho, o músico já teve a oportunidade de se apresentar em um bar ao ar livre no mês passado, para cerca de 20 pessoas. “No on-line temos a câmera, o chat... mas estar na frente das pessoas é outra sensação. Tem uma certa magia”, comenta o músico, que se entrega às improvisações do jazz em suas apresentações.


Seus planos, agora, são o de fazer uma turnê do seu último álbum, o Boudless. A produção foi lançada em dezembro, contando com as participações do baterista indonésio Kelvin Andreas e do guitarrista Andrew Cheng, da Malásia. Tudo foi gravado na sala de estar da casa de Maccagnan, de forma intimista.


Apesar de estar planejando uma “turnê pequena”, passando por estados da Costa Leste dos Estados Unidos, o fato de poder novamente viajar para tocar já é uma grande realização para Maccagnan. A expectativa é também poder tocar na Ásia com seus parceiros, em um futuro próximo.


Para o Brasil, porém, não há previsões de retorno. “Com o estado do corona, é difícil”. Por conta da pandemia, inclusive, completaram-se quatro anos que Maccgnan não reencontra sua família no Brasil. Porém, quando tudo melhorar, ele diz que seria interessante fazer shows em Santos e na Capital paulista.


Mesmo com os shows presenciais voltando nos Estados Unidos, pessoas de qualquer lugar do mundo podem acompanhar o trabalho do santista Maccagnan, diretamente de Nova Iorque, pelas lives semanais que ele faz. Os streams são pelo site, aos domingos das 16h30 às 18h30 e às quartas-feiras das 16h às 18h (horário de Brasília).


influências


No primeiro álbum de Marcelo Maccagnan, o Looking Ahead, lançado em 2018, as referências à música brasileira são claras. O som proposto é mais tradicional.


Já em seu novo lançamento, o Boudless, o baixo elétrico é mais explorado e as composições vão ao encontro do jazz moderno. Apesar disso, influências brasileiras, como Milton Nascimento e o contrabaixista Nico Assumpção, seguem guiando a sonoridade de Maccagnan.


No que diz respeito ao internacional, Weather Report e Deadmau5 (Dead Mouse) são artistas que não saíram dos ouvidos do músico durante a pandemia, quando ele compôs as 6 músicas do Boudless.


De qualquer modo, o que não falta no disco é a entrega dos músicos à improvisação – que é o que mais encanta o santista Marcelo Maccagnan no jazz desde seus 17 anos, quando decidiu trilhar o caminho da música em sua vida.


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