'Mamãe, Tem Uma Drag Queen Contando Histórias' volta a São Paulo

Helena Black está de volta às Casas de Cultura de São Paulo

Por: Estadão Conteúdo  -  08/05/22  -  14:19
Helena Black foi criada pelo ator Paulo Reis
Helena Black foi criada pelo ator Paulo Reis   Foto: Divulgação/Alessandro Santos

Helena Black, a primeira drag queen contadora de histórias do Brasil, está de volta às Casas de Cultura de São Paulo. A partir do dia 11 demaio, a persona, criada pelo ator Paulo Reis, narra A Princesa e a Costureira, de Janaína Leslão, um conto de fadas bem diferente do convencional e fundamental para o respeito à diversidade.


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Paulo Reis é ator e produtor cultural, integrante do Grupo Rosas Periféricas e formado em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes. Criou Helena Black, em 2010, como um presente de aniversário para sua avó paterna que comemorava de 85 anos.


"As crianças nunca vão sozinhas aos lugares, sempre tem um adulto acompanhando. E nesse ato reside a magia, o encanto de presenciar a relação de troca e respeito na interação das crianças com o lúdico. É urgente que esse convívio com a literatura e com a diversidade chegue à periferia, que haja estímulo à possibilidade de sonhar e de acreditar que é possível ocupar seu espaço por meio da leitura e do diálogo", declara Helena.


A ação faz parte do projeto Mamãe, Tem Uma Drag Queen Contando Histórias. As apresentações ocorrem na Casa de Cultura do Hip Hop Leste na quarta, às 10h, na Casa de Cultura da Brasilândia, no dia 19, às 15h, na Casa de Cultura Raul Seixas, nos dias 4 de junho, às 11h, e 8, às 15h, na Casa de Cultura da Vila Guilherme - Casarão, às 16h do dia 4 do mês que vem, na Casa de Cultura Municipal de Guaianases, em 17 de junho, às 14h, e na Casa de Cultura Municipal da Freguesia do Ó, no dia 22, às 14h).


O livro A Princesa e a Costureira conta a história de Cíntia, uma princesa que foi prometida em casamento ao príncipe Febo, desde que nasceu. Mas, devido a um encantamento de sua Fada Madrinha, Cíntia só poderia se casar com seu amor verdadeiro, que lhe seria revelado assim que essa pessoa tocasse em suas costas. Qual não foi a surpresa, na idade adulta, ao ver-se apaixonada por quem tecia o seu vestido de casamento.


Na versão de Helena Black, ela própria assume o papel da Fada Madrinha e narra a história com carisma, bom humor e respeito à perspicácia infantil, estimulando as crianças a refletirem sobre valores fundamentais nas relações humanas, como respeito, amor e empatia. "É possível acessar o imagético tanto para quem conta como para quem ouve a história. A leitura e a imaginação, se cultivadas desde a primeira infância, possibilita a transformação, tão essencial nesse momento de intolerância e agressividade com o diferente", finaliza Helena Black.


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