Fotógrafo registra cotidiano de vilarejo de pescadores de Santos; VÍDEO

Além da Ilha Diana, profissional já fez registros em Minas Gerais, Bahia, Pará, entre outras regiões do Brasil

Por: Jordana Langella  -  08/07/21  -  09:23
Atualizado em 08/07/21 - 12:38
   Fotógrafo faz registros de pescadores
Fotógrafo faz registros de pescadores   Foto: Mario Barila

Um fotógrafo e ambientalista de São Paulo que une a paixão pela fotografia e a dedicação às causas socioambientais no projeto "Água Vida" escolheu a Ilha Diana, vilarejo de pescadores de Santos, como ponto para mais uma de suas séries fotográficas. Mario Barila, de 58 anos, já fotografou diferentes estados do País com o objetivo de reverter parte do valor de suas fotografias para ajudar quem precisa. Veja mais detalhes na videorreportagem abaixo.


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Por sinal, Barila já foi a campo de lugares que testemunharam desastres ambientais nos últimos anos no Brasil, como Mariana e Brumadinho, ambos em Minas Gerais. Nos dois casos, Barila doou 500 mudas de árvore para cada cidade. “É um trabalho de formiguinha. Eu tenho muito prazer em fazer isso”, contou.


No caso da Ilha Diana, o objetivo da viagem foi mostrar o cotidiano de Antônio Gomes, um dos pescadores mais experientes do local, de 74 anos, conhecido como “Avaria”, que vive há mais de 50 anos da pesca de peixes salgada e captura de mariscos na região. “Sempre pesquei e tirei marisco. Eu não saio daqui de jeito nenhum, aqui é uma grande família”, contou o pescador.


   Antônio Gomes também captura mariscos
Antônio Gomes também captura mariscos   Foto: Mario Barila

O vilarejo começou a ser habitado na década de 40 pelas famílias Gomes, Hipólito, Quirino e Souza que já viviam da pesca, na área onde está instalada a Base Aérea de Santos – BAST, localizada em Vicente de Carvalho. Hoje, após 80 anos desde que os primeiros moradores chegaram na ilha, a cultura ainda se mantém preservada, apenas familiares dos locais podem morar na região. “Nós fazemos esse controle, já quiseram construir estradas aqui, mas temos apoio da Prefeitura de Santos para ninguém invadir a ilha. Assim, mantemos a nossa privacidade e costumes”, contou Elisa Maria da Silva Alvez, de 42 anos, uma das filhas de Gomes.


Após os registros do dia a dia da Ilha Diana, Barila espera doar um ar condicionado para uma sala destinada a atividades com crianças da comunidade, além de 500 mudas de árvores frutíferas e floridas da Mata Atlântica para Santos. “Eu sempre falo que ninguém vai reflorestar sozinho a Amazônia, mas qualquer pessoa pode plantar meia dúzia de árvores e ter um resultado positivo, em pouco tempo as árvores ficarão grandes e com frutos”, finalizou.


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