Especialista comenta perspectivas pós pandemia para o cinema

Nágila Guimarães, promove hoje bate-papo sobre o assunto na programação do Santos Film Fest

Por: Bia Viana  -  17/03/21  -  11:33
Para a especilista, após a pandemia o setor passará por uma mudança drástica
Para a especilista, após a pandemia o setor passará por uma mudança drástica   Foto: Divulgação

Um dos momentos mais difíceis na história do cinema tem se estendido com o crescimento devastador da pandemia de coronavírus no Brasil e no mundo. Para a sétima arte, a falta de lançamentos presenciais gerou altos custos e perdas.


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Alguns profissionais do meio fazem suas apostas sobre os impactos da pandemia na indústria. Para tratar do assunto, a produtora e co-fundadora da WIFT Brasil, Nágila Guimarães, promove nesta quarta (17) um bate-papo sobre Perspectivas do Cinema Pós Pandemia, como parte da programação do Santos Film Fest.


“A indústria cinematográfica foi dramaticamente impactada pela pandemia e passará por uma mudança drástica”, avalia Nágila. “A pandemia custou bilhões de dólares às bilheterias e muitos produtores estão optando pela distribuição em streaming ao invés de cinemas para recuperar seu dinheiro”. Segundo a especialista, os streamings são os únicos que lucraram na crise.


A pergunta que fica é: será que o streaming acabará com o cinema? Para Nágila, a resposta é negativa. “É uma opção temporária. Financeiramente, os streamings sozinhos não podem impulsionar a indústria cinematográfica e nem substituir a experiência social de ir ao cinema. Passando a pandemia, as pessoas voltarão às salas”.


Grandes produtoras anunciaram mudanças em sua distribuição para lidar com a situação. A Warner Bros, por exemplo, lançou seus filmes na plataforma HBO Max em simultâneo à estreia nos cinemas. “Algo inimaginável antes da pandemia”, reflete Nágila.


O streaming ganhou força nos últimos anos e tem se equiparado às grandes corporações. Um exemplo claro dessa evolução foi a vitória de Roma em três das dez indicações ao Oscar em 2019, um feito impensável para um filme produzido para o streaming. Na ocasião, foi estimado que a Netflix investiu entre US$ 40 e 60 milhões na campanha de divulgação do filme. Nada mal para uma solução passageira.


O bate-papo com Nágila, a cineasta Andrea Pasquini e o professor Jamer Guterres de Mello acontecerá ao vivo nas redes sociais do festival, das 18 às 19 horas de hoje.


Edição das mulheres


A WIFT Brasil é uma organização global, que tem como objetivo a paridade de gênero e diversidade no audiovisual. Como representante da organização, Nágila compreende a necessidade de eventos como o Santos Film Fest na acessibilidade do cinema feminino.


Como jurada e palestrante no evento, Nágila considera o festival um passo na direção certa. “Nós precisamos de mais festivais de cinema feminino para empoderar mulheres, para que vejam suas histórias. Proporcionar conversas sobre como promover o desenvolvimento profissional das mulheres, falar sobre feminismo e igualdade, e celebrar o trabalho das mulheres é um grande privilégio”, acredita.


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