Em A Vida da Gente, irmãs Ana e Manoela 'não são rivais'
A atriz Fernanda Vasconcellos avalia a relação familiar das personagens na novela das 18 horas, A Vida da Gente, da Rede Globo
Fernanda Vasconcellos se orgulha de A Vida da Gente. Na novela das 18 horas da Globo, a atriz interpreta a tenista Ana, que sofre um acidente e desperta do coma anos depois. Quando acorda, a jovem descobre que sua filha, Júlia (Jesuela Moro), foi criada por Manuela (Marjorie Estiano) e Rodrigo (Rafael Cardoso). Chocada ao ver a irmã casada com seu ex-namorado, ela precisa enfrentar os próprios sentimentos e construir uma nova vida.
“A Ana foi criada para obedecer e, muito jovem, se submetia à mãe, Eva (Ana Beatriz Nogueira), porque se sentia completa quando a agradava. A partir do momento em que começa a sentir desejos, Ana percebe uma força interna muito grande e decide romper com esse lado submetido à mãe para crescer”.
Na época da exibição original da novela, entre 2011 e 2012, Fernanda se recorda que a briga entre quem torcia por Ana ou Manuela era grande nas redes sociais. Afinal, quem deveria ficar com Rodrigo no desfecho? A atriz observa que o mais legal era a discussão gerada por conta das visões diferentes entre os que defendiam a postura de uma e da outra. No entanto, ela mesma não via inimizade entre as personagens.
“Lembro que o Twitter estava começando a ganhar força e, saindo do estúdio, o meu telefone não parava de piscar com notificações. Tinha acabado de começar as torcidas. Havia o 'team' Ana e o 'team' Manu. Mas o grande amor da novela é o daquelas irmãs. Elas não são rivais”, pondera.
Escrita por Lícia Manzo, A Vida da Gente tem um olhar profundo e delicado sobre as relações humanas. Segundo Fernanda, essa oportunidade de protagonizar a trama foi um ponto fora da curva em sua carreira, que a fez aprender muito como profissional e a valorizar ter uma boa equipe ao lado. “Às vezes, ter a oportunidade de atuar em um projeto como esse te causa frustrações em outros trabalhos. Isso acontece porque um foi brilhante e, aí, no outro você fala que não sente o mesmo porque não tem aquele texto ou direção. Essa novela foi um néctar”".
Tempo de construção
Com as limitações que a pandemia do novo coronavírus impôs a toda a sociedade, Fernanda reconhece que a rotina das pessoas necessita de adaptações. Mesmo com a vida e o trabalho longe de voltarem ao normal, a atriz vibra com a oportunidade de rever as boas cenas que fez em A Vida da Gente.
“São tempos muito tristes. Sinto tudo à flor da pele. Tenho uma sensação de construção, que você acorda todo dia e precisa construir algo novo, uma esperança, porque é cansativo. Mas tudo tem o seu tempo e a gente vai se adaptando”.