Dia do Rock: Conheça discos clássicos que chegam aos 50 anos

No Dia Mundial do Rock, vamos comemorar a safra de grandes álbuns de 1971

Por: Bia Viana  -  13/07/21  -  09:05
Atualizado em 13/07/21 - 13:16
    Mercedes Benz, a última música gravada por Janis Joplin antes de morrer
Mercedes Benz, a última música gravada por Janis Joplin antes de morrer   Foto: Divulgação

Há quem considere os anos dourados da música em outra época. E hoje, no Dia Mundial do Rock, é inegável que 1971 foi um marco histórico em todos os gêneros da música popular. Parcerias históricas, grandes separações e sobretudo discos icônicos marcam o ano, que além do óbvio impacto nas futuras gerações da música, também evidenciam a vertente como um instrumento de revolução na arte e na música. Relembre alguns clássicos do rock que completam 50 anos e celebre essa safra histórica de grandes discos da música.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Who’s Next, The Who. Lançado em 14 de agosto


A ópera rock Lifehouse, idealizada pelo guitarrista Pete Townshend, foi considerada um projeto complexo e ambicioso demais.Mas isso não impediu que o grupo se aproveitasse de alguns fragmentos para Who’s Next, que globaliza o usode sintetizadores no rock e subverte várias técnicas musicais em suas faixas icônicas. Entre elas, os singles Won’t Get Fooled Again e Baba O’Riley, duas das canções mais memoráveis da banda em toda sua história.


Aqualung, Jethro Tull. Lançado em 19 de março


Como parte da lista de 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame, o quarto álbum de estúdio da banda britânica foi um sucesso explosivo que tornou o rock um pouco mais pop. Repleto de narrativas temáticas inspiradas em eventos pessoais, as histórias no disco seguem levantando discussões sobre seu conceito e pretensões.


Every Picture Tells a Story, Rod Stewart. Lançado em 28 de maio


O terceiro disco de Rod Stewart é ousado em sua composição, que incorpora nuances de hard rock, folk e blues em suas faixas. Sucesso na crítica, o álbum configura a lista de 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos da Rolling Stone, relacionando o single Maggie May, inicialmente listado no lado B do disco, como um dos maiores hits do cantor.


Hunky Dory, David Bowie. Lançado em 17 de dezembro


Esse disco inaugura a fase melódica e art pop que revolucionou a carreira do artista, considerado por muitos como o momento em que Bowie começa a virar Bowie.Da discussão sobre a natureza artística em Changes para o ocultismo em Oh! You Pretty Things, HunkyDory é visto como um de seus melhores trabalhos, introduzindo uma complexidade lírica que revoluciona sua música (oumelhor, toda a história da música) para sempre.O disco também marca o início de Ziggy Stardust, marcado pela faixa Life on Mars?, que teve seus icônicos vocais gravados em uma única tomada.


Sticky Fingers, The Rolling Stones. Lançado em 23 de abril


Com arte de capa projetada por Andy Warhol, o disco contempla em todos os detalhes um sarcasmo brilhante, repleto de bom humor e senso crítico. Considerado um dos maiores discos da banda, Sticky Fingers contava originalmente com 10 faixas e é um divisor de águas no hard rock, trazendo a essência do grupo em canções como Brown Sugar, Wild Horses, Can’t You Hear Me Knocking e I Gotthe Blues.


Master of Reality, Black Sabbath. Lançado em 21 de julho


Master of Reality foi muito mais do que um ponto marcante na história do rock.O disco é um verdadeiro protagonista, relacionado por estudiosos do gênero como o fundador de vertentes como doommetal, stoner rock e sludgemetal. Sem shows marcados e commenos pressão para compor,Bill Ward disse em entrevistas posteriores que o disco foi como uma grande “exploração”, onde tiveram a oportunidade de criar e imaginar novas sonoridades, além de contarem com a melhor forma de Ozzy Osbourne. O legado do príncipe das trevas começava ao som de Children of the Grave e Into the Void.


The Yes Album, Yes. Lançado em 19 de fevereiro


O primeiro disco com o guitarrista Steve Howe, assim como o último como tecladista TonyKaye, The Yes Album é um marco do rock progressivo em experimentação de gêneros,transitando por influências no jazz,funk e música acústica. Todos os membros contribuíram ativamente na versátil composição, que reúne uma grande variedade de estilos de guitarra (até uma portuguesa). Entre apostas certeiras, o disco foi a grande revelação comercial do Yes.


Nursery Cryme, Genesis. Lançado em 12 de novembro


O primeiro álbum com Phil Collins e Steve Hackett não é o mais relevante na discografia do Genesis, mas marca uma transição em ritmo de marcada pelas melhorias na bateria e a combinação de guitarras elétricas e teclados. Com a chegada de Collins, o disco encorpa e leva o grupo a uma nova dimensão, merecendo inevitavelmente o crédito por impactar na formação identitária da banda.


Who’s Next, The Who. Lançado em 14 de agosto


A ópera rock Lifehouse, idealizada pelo guitarrista Pete Townshend, foi considerada um projeto complexo e ambicioso demais. Mas isso não impediu que o grupo se aproveitasse de alguns fragmentos para Who’s Next, que globaliza ou som de sintetizadores no rock e subverte várias técnicas musicais em suas faixas icônicas. Entre elas, os singles Won’t Get Fooled Againe Baba O’Riley,duas das canções mais memoráveis da banda em toda sua história.


Pearl, Janis Joplin. Lançado em 11 de janeiro


Considerado o melhor álbum da cantora, Pearl foi o último a contar com participação direta de Janis, lançado três meses após sua morte. Extraindo o melhor de seu talento vocal extraordinário, todas as nove faixas foram aprovadas e arranjadas pela cantora, que participou ativamente em todo o processo de produção. Constam Me and Bobby McGee, CryBaby e Mercedes Benz, a última música gravada por Janis Joplin antes de morrer.


Future Games, Fleetwood Mac. Lançado em 3 de setembro


Com nova formação, o Fleetwood Mac ganhou personalidade com a entrada da vocalista e tecladista Christine McVie e do guitarrista Bob Welch, que assinam este como seu primeiro álbum na banda. Perto de conquistar o público americano, a banda usava desse disco para iniciar uma transição de estilos,migrando do blues para o pop rockmelódico que os levaria ao estrelato.


    Relançado inúmeras vezes, Imagine foi o maior sucesso comercial e crítico da carreira solo de John Lennon
Relançado inúmeras vezes, Imagine foi o maior sucesso comercial e crítico da carreira solo de John Lennon   Foto: Divulgação

Imagine, John Lennon. Lançado em 9 de setembro


Coproduzido pela esposa Yoko Ono e Phil Spector, Imagine é um hino de paz, amor e resistência que ecoa cada vez mais forte em seus 50 anos de existência. Relançado inúmeras vezes, o disco foi o maior sucesso comercial e crítico da carreira solo, tendo sua faixa-título celebrada como um hino político mundial após o assassinato de Lennon, nove anos depois.


IV, Led Zeppelin. Lançado em 8 de novembro


Mesmo sem título, o quarto álbum do Led Zeppelin se tornou a assinatura da banda graças ao enorme sucesso crítico e comercial enfatizado pela venda de 37 milhões de cópias pelo mundo. Um marco no hard rock e heavy metal, o disco concentra vários hits da banda, como BlackDog, Rock and Roll e a inconfundível Stairway to Heaven, que mesmo sendo umas das faixas mais memoráveis da história do grupo, não foi lançada como single na época.


L.A.Woman, The Doors. Lançado em 19de abril


O sexto álbum da banda é o último a contar presencialmente com o vocalista Jim Morrison, que faleceu três meses após o lançamento e só voltaria a figurar em inéditas com o disco póstumo AN American Prayer, de 1978. Ambos os singles, Love Her Madly e Riders on the Storm, foram um grande sucesso comercial, destacando a melhor performance vocal de Morrison e exaltando as raízes da banda no blues. No mesmo ano, o grupo lança Other Voices, em 18 de outubro, com Ray Manzarek e Robby Krieger dividindo os vocais.


Logo A Tribuna