Crítica: 'As Trapaceiras' é um remake sem brilho e humor

Longa decepciona ao adaptar 'Os Safados', de Steve Martin e Michael Caine

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  26/07/19  -  11:04
  Foto: Reprodução

Co-protagonista de 'As Trapaceiras', filme que chega aos cinemas hoje, Anne Hathaway parece trilhar um caminho sem volta pelos insucessos. Depois de vencer o Oscar e o Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante com o filme 'Les Miserábles', em 2013, Anne enfileirou uma sequência de filmes de gosto duvidoso: 'Um Senhor Estagiário', 'Alice Através do Espelho' e 'Oito Mulheres e um Segredo'.


'As Trapaceiras' chega para engrossar essa lista indesejada. Tal como 'Oito Mulheres e um Segredo', esse filme também é uma adaptação que troca os protagonistas homens por mulheres. O lançamento é um remake de 'Os Safados' (1988), que teve Steve Martin e Michael Caine no centro da trama.


Dois mestres da telona, Martin e Caine podem ter elevado demais o nível para uma base de comparação. Mas o fato é que as piadas de 'As Trapaceiras' não soam tão engraçadas. E o desempenho de Hathaway e Rebel Wilson, a outra co-protagonista, deixa a desejar.


Em 'As Trapaceiras', Josephine (Anne Hathaway) e Penny (Rebel Wilson) são duas manipuladoras, conhecidas pela arte de extorquir milionários por quem fingem estar apaixonadas. No entanto, enquanto a primeira é sofisticada, a segunda tem métodos muito menos elegantes.


O caminho das trapaceiras se cruza na Riviera Francesa, onde ambas procuram por um novo alvo. Apesar de competirem pela fortuna de Thomas Westerburg (Alex Sharp), um prodígio da tecnologia, Josephine e Penny logo descobrem que talvez tenham mais chances de sucesso se trabalharem juntas.


E, quando as duas resolvem unir forças para conseguir êxito nos golpes, o filme consegue arrancar algumas risadas dos fãs. Nada comparado com o que vimos em 'Os Safados', por exemplo.


Em um desses momentos, Penny finge ser deficiente visual e tenta comover Thomas com suas dificuldades em tarefas diárias. Josephine, no entanto, resolve aplicar alguns pequenos golpes na amiga, como passar uma batata frita no vaso sanitário e servir à companheira.


Pensei que pudesse ser implicância minha, por conta da sequência de bons filmes recém-lançados nos cinemas. Mas a reclamação parece ser geral no novo filme de Anne Hathaway.


Prova disso está nos números do site Rotten Tomatoes, que coleta críticas de fãs e jornalistas especializados. Para os críticos, a avaliação está em 14% (!!!). Já entre os fãs, a coisa dá uma pequena melhorada: 48%.


De fato, a atriz precisa voltar a focar em projetos mais relevantes se quiser repetir os feitos não tão distantes assim.


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