Com Santos de cenário, 'Mauá - O Primeiro Gigante' estreia

Série da History Channel teve várias locações no Centro Histórico da cidade

Por: Guilherme Gaspar  -  24/03/19  -  17:45
  Foto: History / Divulgação

O centro histórico de Santos atrai o olhar de diversas produções televisivas, até mesmo de comerciais. Desta vez, a cidade fará parte da série 'Mauá - O Primeiro Gigante', que será exibida no canal History, a partir deste domingo (24), às 19h50.


A série, que possui dois episódios, foi feita com base em extensas pesquisas históricas. Através da obra Exposição aos Credores, uma autobiografia feita pelo próprio Barão de Mauá, a equipe de produção entendeu os conflitos que o personagem teve com o Governo Imperial e com os ingleses, que rapidamente foram de financiadores a concorrentes.


“O recorte específico que será mostrado é da Era Mauá. Nesta época, ele já era um empresário estabilizado, inclusive dono da primeira ferrovia do Brasil. Por isso, mostraremos suas primeiras interações com o poder público (Governo Imperial), principalmente com o Ministro Torres, que foi seu antagonista”, explica o diretor e roteirista Fernando Honesko.


Por ordem cronológica, 'Mauá - O Primeiro Gigante' antecede a série 'Gigantes do Brasil'. Porém, em análise econômica, a outra produção marca a era da industrialização no País.


“Mauá viveu durante a época da Guerra do Paraguai e da transição do Governo Imperial para a República. Tudo isso foi um impasse na história econômica. O momento de Mauá pode ser interpretado como preliminar, um prelúdio interrompido por outras situações históricas”.


A cidade
Dos oito dias de gravação, dois foram gastos em Santos. Desta forma, ruas como a Conde D'Eu foram de grande importância na produção.


“Lá, encontramos casarões abandonados que remetem à época colonial, com azulejos antigos. Gravamos também o ataque dos ingleses ao porto de Paranaguá”.


Na produção, a rua Gonçalves Dias dá vida a um trecho de Montevidéu, no Uruguai. Já a sala Princesa Isabel, situada no interior do Palácio José Bonifácio, serviu como um plenário do Senado do Rio de Janeiro. A Bolsa do Café, por sua vez, é uma unidade do Banco do Brasil.


Esta é a segunda vez que o diretor filma em Santos, onde se encantou, mais uma vez, pelo Centro Histórico.


“Ter uma cidade rica em história perto de São Paulo é realmente incrível. Santos deveria investir nisso, apesar de muitos terem a dificuldade em ver o ambiente como algo economicamente viável. Não são todas as cidades que podem ser utilizadas para retratar a história do País. A preservação deveria estar no planejamento da cidade”, destacou Honesko.
 


Logo A Tribuna