Clube do Blues celebra 14 anos com retorno de shows presenciais em Santos
The Headcutters se apresenta no domingo (17), e Sax Gordon abre o mês de maio; veja a programação
![The Headcutters se apresenta no domingo (17)](http://atribuna.inf.br/storage/Variedades/Pop_&_Art/img3114707412542.webp)
Oficialmente incorporado ao calendário de eventos oficiais de Santos, o Clube do Blues da Cidade, que tradicionalmente ocorre em abril há 14 anos, contará em 2022 com Nuno Mindelis (Sesc Santos), The Headcutters, Big Chico Blues Band (Tributo a Rod Piazza), Marcelo Naves e The Tigermen (Jardim Botânico) e Vasco Faé, Dog Joe e Sax Gordon e Igor Prado and Just Groove (Lagoa da Saudade). As apresentações serão neste domingo e no dia 1º de maio.
O mês foi escolhido a dedo como uma homenagem ao músico Muddy Waters, que nasceu em 1913. Artista revolucionário do blues mundial, influenciou milhares de músicos ao redor do mundo. E a festa celebra sua maestria trazendo a Santos shows de grandes nomes da música brasileira e internacional.
![Sax Gordon será a atração na Lagoa da Saudade, em Santos](http://atribuna.inf.br/storage/Variedades/Pop_&_Art/img2023893413726.webp)
Neste domingo, as bandas The Headcutters, Big Chico Blues Band e Marcelo Naves e The Tigermen se apresentam no Jardim Botânico de Santos (Rua João Fracarolli, s/nº, Bom Retiro). The Headcutters é considerada uma das mais renomadas bandas de Blues do Brasil, trazendo timbres e sonoridade dos anos 50 e 60. A banda participou de grandes festivais de blues e jazz e já gravou com grandes nomes nacionais e estrangeiros.
Já no primeiro domingo de maio, a Lagoa da Saudade, no Morro Nova Cintra. recebe Sax Gordon, um dos mais requisitados saxofonistas do mundo. Todos os shows são gratuitos e ao ar livre.
História Blues, em inglês, é sinônimo de melancolia. O estilo é tocado com um timbre ligeiramente mais baixo do que o da escala maior, fazendo com que a nota tenha um som triste e melancólico. Remete à escravidão, de onde nasceu, nas plantações do sul dos Estados Unidos. Lá, escravos afro-americanos eram obrigados a trabalhar.
A explicação é de Eugênio Martins Júnior, jornalista e responsável pelo Clube do Blues de Santos. “As pessoas que vinham da África eram levadas para plantações e tinham um jeito de se comunicar muito particular, cantando durante o trabalho. Essa musicalidade era chamada de field hollers (grito ou chamada de campo)”, afirma.
As cantorias falavam sobre a vida sofrida e oprimida no campo durante o século 19, da plantação, da violência e, principalmente, do racismo. A partir daí, nasceu o blues: a matriz da música norte-americana no século 20.
Serviço: domingo, no Jardim Botânico: The Headcutters, 13h; Big Chico Blues Band, 15h; Marcelo Naves e The Tigermen (lançamento do CD), 17h. dia 1/5, na Lagoa da Saudade: Vasco Faé, 13h; Dog Joe, 15h; Sax Gordon e Igor Prado and Just Groove, 17h.