Carlos Monforte lança livro nesta terça-feira, em Santos

Em O Papel do Jornalismo sem Papel, o autor debate as mudanças na profissão e as adaptações que o jornalista deve fazer

Por: Redação  -  17/05/22  -  08:20
Carlos Monforte debate as mudanças na profissão em novo livro
Carlos Monforte debate as mudanças na profissão em novo livro   Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

O crescimento dos canais digitais de informação democratizou o acesso às notícias e hoje permite que todos se mantenham informados sobre o que acontece no Brasil e no mundo, mas o bom jornalismo só existe nos veículos que têm credibilidade junto ao público. “Só a credibilidade dá força ao jornalismo”, nas palavras de um dos mais conceituados e conhecidos jornalistas brasileiros, o santista Carlos Monforte, que nesta terça-feira (17) estará em Santos lançando seu livro, O Papel do Jornalismo sem Papel, a partir das 18 horas, na Livraria Martins Fontes, no Gonzaga.


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Monforte começou sua carreira em A Tribuna, onde ficou de 1969 a 1973. Em seguida, foi contratado como redator de O Estado de S. Paulo. Em agosto de 1978, foi contratado como repórter pela TV Globo, mudando-se em 1983 para Brasília para colocar no ar o Bom Dia Brasil, atuando como editor-chefe e âncora até 1992.


Em 2000, ingressou no time da GloboNews como apresentador do Jornal das Dez. Depois, foi coordenador do canal em Brasília, onde permaneceu até se desligar da emissora, há seis anos.


O livro
No livro que lança nesta terça-feira (17), Monforte discorre sobre as transformações pelas quais passa o jornalismo profissional e a necessidade dos jornalistas se adaptarem a elas.


“O jornalismo é de suma importância para a sociedade, mas a internet vem mudando a forma como as pessoas se informam. Os jornais impressos perderam relevância, a internet é o meio onde todos se informam, mas não tem volume de publicidade suficiente. Então, é preciso encontrar formas de tornar esse meio rentável e que continue produzindo o bom jornalismo”, diz.


Monforte viveu um período marcante das redações de jornais impressos brasileiros. No livro, ele descreve com riqueza de detalhes e toques de nostalgia a agitação dos repórteres na busca incessante por informações, o cheiro de tinta que saía direto das máquinas de escrever e os sons de passos apressados, telefonemas e conversas que tomavam conta do ambiente.


“Hoje”, diz Monforte, “é tudo muito rápido, e o jornalista é muito cobrado o tempo todo. Ele precisa estar ligado na internet, apurar e publicar em pouco espaço de tempo. E ainda enfrenta a concorrência das redes sociais, porque todos se sentem produtores de jornalismo”.


Aos jovens jornalistas ou estudantes que estejam começando a faculdade, Monforte dá um conselho para que se destaquem nesse universo. “Leiam muito, dominem as novas tecnologias, ouçam as pessoas, chequem e rechequem as informações que chegam. A tecnologia é para jogar a favor, é uma aliada, mas a credibilidade só vem com o conteúdo e a profundidade do que se produz”.


O Papel do Jornalismo sem Papel é da Matrix Editora, tem 208 páginas e custa R$ 47,00. A Martins Fontes fica na Avenida Ana Costa, 530, em Santos.


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