Bruno Ferrari revela conforto em personagem vivido em 'Salve-se Quem Puder'
Ator interpreta Rafael na novela das 19 horas da TV Globo
Bruno Ferrari se sentiu à vontade ao voltar a interpretar o Rafael de Salve-se Quem Puder, novela das 19 horas da TV Tribuna/Rede Globo. Antes mesmo da pandemia do novo coronavírus estourar no Brasil, em março de 2020, o personagem já usava máscara e álcool em gel em algumas sequências, para se prevenir de bactérias na ficção. Por isso, o intérprete confessa que aquele comportamento, antes visto como exagerado, acabou ensinando ao ator os cuidados necessários para o dia a dia fora de cena.
“Me senti muito mais confortável com o meu personagem nesse retorno. De certa forma, isso foi maravilhoso para mim. Entrei no estúdio e todo mundo estava de máscara. Me deu uma sensação de alívio. Inclusive, muitas pessoas me mandaram mensagens dizendo que o Daniel (Ortiz, autor) era vidente”, relata o ator.
Nos capítulos inéditos, Rafael ainda está vivendo o luto da suposta morte de Kyra (Vitória Strada). Ele não imagina que a noiva segue viva e usa o nome Cleyde, com novos documentos. Então, acabará se envolvendo com a advogada Júlia (Sophia Abrahão), responsável por fazer uma auditoria nas contas da Labrador. Inicialmente, os dois implicam bastante um com o outro. Porém, esse contato constante mexe com ambos.
“Somos latinos, gesticulamos e nos abraçamos muito. É algo natural para a gente. Tive certa dificuldade em relação a isso. Não só em cena, mas na vida também. Em função do distanciamento social, ainda precisamos adotar essas medidas. Vivi a experiência de beijar o acrílico (risos), mas também ficamos em quarentena num hotel para que pudéssemos fazer as outras cenas de beijo”, revela.
Apesar da chegada de Júlia na vida de Rafael, ainda não foi definido com quem o personagem terá um final feliz na trama. A advogada é ex-aluna de Alan (Thiago Fragoso) e será uma peça-chave para atrapalhar o triângulo amoroso de Kyra/Cleyde.
De acordo com Bruno, o clima nos bastidores auxiliou a manter o trabalho de forma leve, mesmo com tantos protocolos de segurança a serem seguidos. “A gente ficou mais unido. Levei uns três ou quatro dias para me adaptar. Mas, como o meu personagem tinha mania de limpeza, quando cheguei ao estúdio, estava todo mundo seguindo os protocolos e passando álcool em gel. Isso me deu mais credibilidade em cena”, conta.
Leve
O ator ressalta que foi feliz durante todo o processo, por ser uma história leve, sem grandes pretensões, mas com o intuito de alegrar as pessoas. Principalmente em tempos tão difíceis.
“Acho bom ver a novela porque tem um distanciamento. Faz alguns meses que a gente terminou de gravar. Nós ficamos menos críticos com o nosso trabalho e, para mim, há a sensação de que o personagem já é outra pessoa”, confessa.
