Baixada Santista comemora o centenário da Semana de Arte Transmoderna

Evento é considerado um divisor de águas na cultura brasileira

Por: Giovanna Corerato  -  03/02/22  -  09:25
A série está sendo publicada nas redes sociais do TEP no YouTube, Instagram e Facebook, sempre a partir das 10 horas.
A série está sendo publicada nas redes sociais do TEP no YouTube, Instagram e Facebook, sempre a partir das 10 horas.   Foto: Reprodução

Em fevereiro de 1922, artistas influenciados pelas vanguardas europeias e pela renovação no panorama da arte ocidental expuseram cerca de 100 obras no saguão do Theatro Municipal de São Paulo com o intuito de romper o conservadorismo e destruir o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica.


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A semana considerada um divisor de águas na cultura brasileira comemora seu centenário e, como homenagem, o Teatro Experimental de Pesquisas (TEP), um dos mais antigos grupos de teatro da Baixada Santista, já lançou em seu canal no YouTube o seriado Tupy or Not to Be, Semana de 22: A Semana que Nunca Terminou.


O seriado faz parte da Semana de Arte Transmoderna, organizada pelo Fórum da Cidadania de Santos, com a participação de várias entidades, que busca ressignificar e incluir novas e novos protagonistas, bem como outras formas de arte construídas durante os séculos 20 e 21, e conta com sete episódios em que artistas da região homenageiam personalidades e ações ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro.


Os episódios foram organizados e dirigidos por Gilson de Melo Barros, diretor do grupo TEP. “Nossos trabalhos realizados ao longo do tempo sempre tiveram uma postura bem reflexiva sobre as atualidades. Por isso, sempre montamos textos que dialoguem com o que está acontecendo no momento. Como este ano se celebra o centenário da Semana de 22, resolvemos estudar e buscar ela para trazermos para a nossa produção teatral”, conta o diretor.


Transmoderna

“O nome transmoderno é uma criação acadêmica de estudiosos que observam o passar do tempo dentro das sociedades. Nessa observação da mutação do que era moderno, passou a ser pós-moderno, contemporâneo. Aí surgiu o transmoderno, que vai além de tudo isso”, explica Barros.


O transmoderno também inclui uma revisão das terminologias anteriores, “porque as vozes atuantes na arte hoje em dia foram incluídas na normalidade e, há 100 anos, não haveria de se supor que elas pudessem ser ativas, como artistas negros, mulheres e vozes periféricas”.


A série está sendo publicada nas redes sociais do TEP no YouTube, Instagram e Facebook (@tepteatro), sempre a partir das 10 horas; os dois primeiros episódios saíram na segunda-feira e ontem; os próximos serão publicados amanhã, domingo e nos dias 8, 10 e 12 de fevereiro. O projeto é uma realização do TEP e contou com a consultoria do escritor Flávio Viegas Amoreira, da artista e colaboradora do grupo, Beatriz Rota-Rossi, e edição e finalização de Tales Ordakji.


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