Websérie de Santos retrata a pandemia e chega à quarta temporada

Novos episódios do Doc de Domingo estreiam nesta quinta e sexta-feira em sessões no Museu da Imagem e do Som

Por: Ronaldo Abreu Vaio  -  07/07/22  -  06:32
Atualizado em 07/07/22 - 14:52
Cena da gravação de um dos episódios da quarta temporada da websérie
Cena da gravação de um dos episódios da quarta temporada da websérie   Foto: Divulgação

A angústia e a incerteza da pandemia deram origem a um sopro de esperança nas telas. Surgida em 2020, no auge do confinamento, a websérie Doc de Domingo terá hoje e amanhã, no Museu da Imagem e do Som de Santos (Miss), a estreia dos 12 episódios de sua quarta temporada.


Produzida pela Orvalho Filmes, a ideia inicial da série era contar histórias de pessoas que, pela natureza de sua atividade, não podiam ficar em casa durante o isolamento.


“Foram motoristas de aplicativo, trabalhadores de mercados, pequenos empreendedores. Fomos registrar seu cotidiano, como estavam lidando com a pandemia”, conta o diretor da série, Eduardo Ferreira.


O objetivo, porém, transcende o puro relato de histórias. A ideia é que, a partir delas, e dos exemplos de superação que contêm, outras pessoas se inspirem para se reinventar. Hoje, com o pior da pandemia para trás, esse caráter inspirador é o que prevalece na quarte temporada.


“Nós percebemos desde o início esse viés da inspiração, a partir do cotidiano de margaridas, escritores, músicos”, acrescenta Eduardo.


200 mil visualizações

A ideia deu certo. Os 36 episódios, das três primeiras temporadas, já tiveram mais de 200 mil visualizações no canal específico da websérie, no YouTube. “Há de 4 mil a 6 mil visualizações por episódio. A gente não imaginava o alcance que teria”.


Não foi só o público que se interessou pelas histórias, todas registradas em Santos, diga-se. A websérie foi convidada a participar de festivais e mostras de audiovisual pelo País, como a Quarentena Projetada, da Mídia Ninja e Instituto Moreira Salles, e recebeu licenciamento das secretarias de Cultura de Santos e de Cultura e Economia Criativa do Estado.


“O mais relevante, pra gente, foi a inclusão na Mostra Audiovisual Ciência, Saúde e Sociedade da Vídeo Saúde - Fundação Fiocruz. Foram selecionados alguns episódios para serem evocados como registros desse tempo. Participamos, de alguma forma, do registro histórico da época”.


Emoções

Porém, o resultado mais acalentador desse sucesso, segundo Eduardo, vem de alguns desses 200 mil espectadores, a princípio anônimos, mas que ganham um nome e um rosto ao relatar nas redes sociais suas próprias histórias de como a série os ajudou de alguma forma. “É o mais importante”, resume Eduardo.


Além da audiência, toda obra tem o poder de emocionar também o criador. No caso do Doc de Domingo, um episódio da primeira temporada foi especialmente tocante para Eduardo.


“Foi o Cortiços contra o Corona, da luta das pessoas que vivem nos cortiços na pandemia. Você tinha sete pessoas morando em um cômodo, convivendo com outras, muitas vezes sem um sabonete para lavar as mãos. Me emocionou demais”.


O Museu da Imagem e do Som de Santos (Miss) fica no Centro de Cultura Patrícia Galvão (Av. Pinheiro Machado, 48). A entrada é franca.


Após o lançamento de hoje e amanhã, cada episódio será lançado nos canais @DocDeDomingo, no Instagram, e Doc de Domingo, no Youtube, semanalmente, aos domingos.


Lançamento

Quinta-feira
19h
Episódio 3 - O Feirante 013
Episódio 12 - Educafro
19h30
Episódio 1 - Camila Genaro
Episódio 11 - Bete Nagô
20h
Episódio 8 - Deborah Gentili
Episódio 5 - Vilma e Geovanne


Sexta-feira
19h
Episódio 9 - Vera Lucia Correia
Episódio 10 - Edigleuma Campos
19h30
Episódio 7 - Paulo Rogério
Episódio 4 - Rodrigão
20h
Episódio 6 - Jenifer Pavani
Episódio 2 - Diogo e Débora


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