Especial Caetano Veloso 80 anos: "Celebro minha vida familiar e pública"

Show no Teatro Cidade das Artes, no Rio, será transmitido pelo Globoplay e Multishow

Por: Redação  -  05/08/22  -  09:37
Atualizado em 05/08/22 - 17:23
Especial no Rio de Janeiro celebra os 80 anos de Caetano Veloso
Especial no Rio de Janeiro celebra os 80 anos de Caetano Veloso   Foto: Divulgação

Uma celebração familiar. Esse é o desejo do cantor e compositor Caetano Veloso para comemorar os seus 80 anos. Com os filhos Moreno, Zeca e Tom, e a irmã Maria Bethânia, o Especial Caetano Veloso 80 Anos será domingo, o dia do aniversário de Caetano, no Teatro da Cidade das Artes, no Rio. O especial será transmitido pelo Globoplay e pelo Multishow.


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Um trecho ao vivo da apresentação será exibido durante o Fantástico, da TV Globo. Marcado para começar às 20h30, o show será comandado pela cantora Iza. De presente de aniversário, Caetano pede doações para TV Pelourinho – instituição baiana com grande alcance social na formação de jovens para atuação no mercado audiovisual e que, neste momento, precisa de ajuda para manter o funcionamento. Os fãs poderão contribuir através da plataforma de doações ParaQuemDoar, da Globo.


Se pudesse dizer, em poucas palavras, como foi a trajetória do Caetano até chegar aqui, o que diria?


Diria que foi, para mim, ao mesmo tempo coerente e surpreendente. Desde menino eu sabia que ia ser artista, mas não músico.


Como será esse show especial dos 80 anos no Globoplay?


Familiar. Decidi resumir a festa dos meus 80 anos a uma apresentação com meus filhos e minha irmã. Será um show íntimo, mas com público – e para ser visto ao vivo por internautas e telespectadores. Estamos ensaiando em casa, mas vamos para um palco grande. Temos e não temos o direito de errar acordes, versos, notas.


Como está sendo selecionar o repertório entre tantos sucessos?


Não será uma mera sucessão de sucessos. Tudo tem de ter valor histórico, mas tem também de ser consideravelmente diferente tanto do Meu Coco quanto do Ofertório ou da live que fiz com meus filhos em 2020. Em conversas com Moreno, Zeca, Tom e Bethânia, já chegamos a um roteiro que se aproxima dessas exigências.


O que você fez questão que tivesse neste show?


O Sopro do Fole, Irene, Milagres do Povo.


Como gostaria de comemorar seus 80 anos e o que não pode faltar nesta data?


Quero comemorar com meus filhos, com as mães deles, com tantos dos meus irmãos quantos possam vir, além de Beta.


Comemorar com um show aberto, para todo púbico, tem um gosto especial? Por quê?


Porque celebro ao mesmo tempo minha vida familiar e minha vida pública.


Consegue citar algum momento – ou alguns – momentos mais importantes nessa trajetória musical? Ou algo que nunca fez e que gostaria de fazer ainda?


A gente está sempre fazendo algo que nunca fez. Mesmo quando repetimos, não é nunca a mesma água do rio. Na letra de Motriz, que escrevi para Bethânia há muitos anos, se encontram os versos “Aquilo que eu não fiz e sempre quis/É tudo o que eu não sei, mas a voz diz”. Momento importante foi cantar com Beta, Gil, Gal, Tom Zé, Alcivando no Vila Velha; ver Bethânia cantar no Opinião; revelar ao Brasil o trio elétrico, invenção do carnaval baiano; fazer o show Circuladô ao ar livre em Realengo; trabalhar com Perinho Albuquerque; juntar A Outra Banda da Terra; juntar a Banda Nova; cantar o Pulsar, de Augusto de Campos; gravar Estrangeiro com Arto Lindsay e Peter Scherer; cantar com David Byrne no Carnegie Hall; cantar Cucurrucucú Paloma no filme de Almodóvar; compor e produzir o álbum Recanto, de Gal; trazer Elza Soares de volta às ribaltas.


Como será a participação dos seus filhos e da Maria Bethânia nesta noite especial? Poderia adiantar um pouco sobre isso? Qual é a importância de tê-los com você no palco?


O mais importante é tê-los comigo no palco. Meus filhos e eu agimos como uma banda modesta, mas com luz própria. E enfrentamos o desafio de acompanhar Bethânia.


O que o público pode esperar desse show especial?


Sinceridade.


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