Você sabe o que fazer para se sentir bem? Atente-se às dicas de profissionais da saúde

Na última quinta-feira (4) foi comemorado o Dia Nacional da Saúde

Por: Cláudia Duarte Cunha  -  07/08/22  -  08:48
Atualizado em 07/08/22 - 08:49
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xxxxx   Foto: Arquivo Pessoal

Na última quinta-feira, foi comemorado o Dia Nacional da Saúde. A data tem como objetivo alertar sobre a importância da educação sanitária e também incentivar que as pessoas adotem um estilo de vida mais saudável. A neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner ressalta que a busca pela saúde mental só aumenta no País.


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“Hoje, o estresse é mais perigoso do que alguns tipos de vírus. O estado constante de atenção e de perigo coloca o sistema nervoso simpático em alerta. E ele envia mensagens para todo organismo”. Conversamos com vários profissionais, inclusive da área da saúde, para saber como eles fazem para manter a saúde física e emocional em equilíbrio. O esporte foi o campeão das escolhas, por unanimidade. Fica a dica!


Eduardo Paulino
Eduardo Paulino   Foto: Arquivo Pessoal

Eduardo Paulino, médico oftalmologista
A Medicina é uma profissão em que temos que nos doar muito, não só no lado técnico, mas humano. O médico, para bem atender, também deve dar chance a si mesmo de recompor as suas baterias. Na parte física, eu me obrigo a fazer um check-up completo a cada seis meses. Também cuido do meu físico com exercícios que faço na minha própria casa e tento manter o peso ideal de acordo com a minha altura e idade. Do lado emocional eu cuido com meus hobbies. Elimino as minhas tensões por meio de dois caminhos, que são até incongruentes. O que me tranquiliza demais é a música. Toco piano desde criança e acabei até me profissionalizando nessa área. Já toquei em vários concertos e gravei CDs. Esse treino motor das mãos ao piano também me ajuda muito nas microcirurgias. Viajar de moto pelo mundo com minha mulher e um grupo de amigos é meu outro hobby. Isso me traz um dinamismo diferente e uma forma agregadora de enxergar o mundo. O motociclista também tem o reflexo treinado, o domínio do equilíbrio e visão ampliada porque transita por estradas com manobras difíceis, que requerem um traquejo maior. Viajar de moto não é simplesmente chegar e, sim ir, contemplando a paisagem de um jeito único”.


Roberta Guimarães Dias Monteiro
Roberta Guimarães Dias Monteiro   Foto: Arquivo pessoal

Roberta Guimarães Dias Monteiro, fisioterapeuta
Minha vida é bem corrida na clínica, mas preciso também cuidar da minha saúde física e mental. Para manter minha saúde, faço crossfit, pelo menos, três vezes por semana e uma sessão de pilates. Mas minha rotina não é engessada. Faço tudo isso em horários bem variados, para que essas atividades se encaixem no meu dia a dia de forma que eu não falte. Uma vez por semana, também faço barra de access e massagem corporal. Isso é suficiente para que eu me sinta realmente bem tanto para trabalhar quanto na vida pessoal. O equilíbrio entre o corpo e a mente tem impacto na nossa rotina alimentar, no sono e também na forma como nos relacionamos com as pessoas. Também sou adepta da suplementação adequada e individualizada. Isso se reflete na disposição física, na qualidade de vida e até na felicidade”.


Philipe Saccab
Philipe Saccab   Foto: Arquivo pessoal

Philipe Saccab, médico cardiologista
A maneira que eu cuido da minha saúde é praticando esportes. Como cardiologista, sei bem que a prática de 150 minutos por semana é capaz e aumentar a quantidade e a qualidade de vidadas pessoas. Exercícios feitos com regularidade ajudam no controle da pressão arterial, diabetes e ansiedade, além de manter o peso controlado, reduzindo a obesidade. Atualmente, a prática de ciclismo de estrada me fascina. É uma atividade que me coloca em contato com a natureza, faz com que eu conheça lugares onde jamais chegaria a pé e, de carro, passariam de maneira imperceptível. Como pedalo em grupo, a prática ainda traz convívio social. Mas, como médico, ‘prescrevo’ que os pacientes façam algo que gere felicidade. Isso é o que realmente importa! Gosto de atividades em família que, inclusive, por meio de exemplos práticos, motivem meu filho”.


Renata Silveira
Renata Silveira   Foto: Arquivo Pessoal

Renata Silveira, fonoaudióloga
Sou fonoaudióloga, mas me aposentei ano passado do serviço público. Foram 27 anos dedicados à Fonoaudiologia, profissão que me trouxe muito aprendizado e que exerci com amor e dedicação. Hoje, com o tempo mais livre, comecei a cuidar mais da minha saúde física e mental! Faço exercícios físicos diariamente e trabalhos manuais. Essas duas atividades me ajudam a ter mais disposição e energia para seguir a vida em equilíbrio. O que faço também, e isso todas as mulheres deveriam fazer, são exames clínicos anuais com uma médica especialista em saúde da mulher. Todos esses cuidados me ajudam a ter uma vida saudável e em harmonia”.


Flavia Rabelo
Flavia Rabelo   Foto: Arquivo Pessoal

Flavia Rabelo, empresária
Sabe aquela instrução básica de voo: coloque a máscara de oxigênio primeiro em você, para depois ajudar quem está à sua volta? Pois bem, eu não estava bem física e mentalmente quando resolvi acompanhar a máxima e fazer verdadeiramente algo por mim. Algo que faria bem a mim e reverberaria aos meus. Autocuidado, sabe? Foi quando resolvi procurar por um esporte. Eu estava ansiosa e irritada, tanto em casa quanto no trabalho. Nunca fui fitness, mas criei coragem e fui fazer uma aula de beach tennis. Meu maior medo era nem conseguir fazer a bola passar para o outro lado da rede. Mas, foi melhor do que imaginava! E isso, sem dúvida, se tornou uma injeção de ânimo para que eu viesse a persistir. Sentia cada vez mais vontade de me exercitar, cada dia me sentia melhor e, então, me deu vontade de evoluir também no jogo, buscando melhora na minha performance. Minha qualidade de vida melhorou, sem contar os novos amigos que fiz, o contato com o sol e a vitamina D, que ajudam na disposição, no humor e na autoestima. O esporte também fortaleceu as minhas relações sociais e me deu mais foco nos meus objetivos. Curto cada treino, cada minuto de esforço, cada gota de suor. Sinto-me muito mais forte e saudável do que aos 30 anos (hoje estou com 45). Busquei no esporte o conforto que eu precisava para colocar minha cabeça e meu físico nos devidos lugares”.


Luciana Blanco
Luciana Blanco   Foto: Arquivo Pessoal

Luciana Blanco, advogada
Não sou adepta de treinar em lugares fechados nem me proponho a levantar peso. Atividades na natureza, caminhadas, ioga e, principalmente, meditação fazem parte da minha rotina em busca de equilíbrio e saúde mental. Contudo, minha alma bebe na fonte da dança. Aos 7 anos, ingressei no balé clássico. Depois de um bom intervalo parada, voltei e hoje em dia me encontrei nas aulas fluidas e inspiradoras da bailarina e professora Paula Guidini, do Istituto di Danza Paula Guidini. Há muito mais dança e prazer do que estresse e competição. É interessante o grande número de mulheres adultas, acima de 40, 50 e até 60 anos, que vêm iniciando a prática. Os benefícios cardiovasculares, musculares e até mesmo ósseos são incontestáveis. Por exemplo, minha árvore genealógica materna inteira sofre de problemas vasculares nos membros inferiores. Eu, não. Os pliés e relevés promovem verdadeira drenagem linfática constante. A postura é outro fator visível. Já quanto à alimentação, há dois meses fiz uma experiência que mudou minha vida. Eu não era intolerante ao glúten, mas meu índice inflamatório corporal (verificado em exame PCR) sempre foi alto. Parei de ingerir, basicamente, pães e massas. Troquei por outras farinhas. Houve melhora de inchaços, indigestão, fadiga, dores no corpo e na cabeça. Tudo sumiu como num passe de mágica!”


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