Turismo: A boemia resistente e reinventada no centro de São Paulo
Em um raio de dois quilômetros, há pelo menos 20 opções para bons goles acompanhados de petiscos clássicos ou autorais
Atualizado em 31/07/22 - 19:43
![Os janelões do Salve Jorge, debruçados sobre a Praça Antônio Prado](http://atribuna.inf.br/storage/Variedades/Domingo_Mais/img4245626111272.webp)
Se em alguns locais a boemia não existe mais, no Centro de São Paulo ela resiste e se reinventa. Em um raio de dois quilômetros, há pelo menos 20 boas opções de bares para os primeiros ou últimos goles, acompanhados de insuspeitos petiscos. Aos notívagos ou diurnais, o autêntico, prazeroso e irresistível convite ao flânerie — passeio de bar em bar.
Aos clássicos, como o Bar Leo, Paribar e Guanabara, juntaram-se o Brahma e o Salve Jorge. Mais recentes, o Bar dos Arcos e o Bar do Cofre.
Mesmo que caminhar de bar em bar à noite não seja lá muito recomendado (principalmente depois de umas rodadas), vale a pena um roteiro bem pensado por esses oásis etílicos. Se for na companhia de alguém mais experiente (leia-se: que frequentou a região), estão garantidas as boas histórias, revividas enquanto os copos vão ficando vazios. Aos novatos, a oportunidade de criar lembranças. Muitos funcionam no almoço e para a descontração vespertina, o que torna a experiência diferente.
![Bar Leo é o legítimo representante da dinastia do chope bem tirado](http://atribuna.inf.br/storage/Variedades/Domingo_Mais/img2239676513237.webp)
MPB e Rock
Não tem erro. A quilômetros de distância é possível enxergar o Banespão (Farol Santander), onde fica o Bar do Cofre Subastor, no Centro Histórico. Cofre não é força de expressão: o bar foi montado na protegida sala onde é possível provar croquetas de pupunha, burratas e sanduíches, além de coquetéis que fazem o encontro do Brasil com o mundo: butiá, cambuci, umbu harmonizados com gim, tequila, bourbon, vermute e pisco.
A 30 metros, o Salve Jorge e suas frondosas janelas. Saindo pela direita, o Boteco Central adornado pelas memórias do futebol; à esquerda, descendo o calçadão da São João, o Guanabara de bons serviços prestados desde 1910.
Depois do Viaduto do Chá ou cruzando o Vale do Anhangabaú, o Bar dos Arcos, no subsolo do Theatro Municipal. A iluminação se encarrega de criar um universo paralelo, com coquetéis e acepipes de pretensões arquitetônicas. Ali perto, para que ninguém volte para casa abatido e desencantado com a vida, o porto seguro na esquina famosa: além do chope bem tirado, petiscos e pratos, o Bar Brahma, na São João com a Ipiranga, é o salvo conduto para a noite de boa música ao vivo.
![O universo paralelo do Bar dos Arcos, sob o Theatro Municipal. Dica: faça reserva](http://atribuna.inf.br/storage/Variedades/Domingo_Mais/img2355823514754.webp)
Subindo a Avenida Ipiranga e dobrando à esquerda na Avenida São Luís, o tradicional Paribar e suas mesas na praça e o moderno Ramona (é rock, bebê). Caso a opção seja continuar pela Ipiranga, a referência é o icônico Copan, com alta a densidade de bares no entorno, como o Orfeu e o Dona Onça.
Seguindo em frente, na Praça Roosevelt de tanta agitação cultural, o Tap Tap e o descoladérrimo Papo, Pinga e Petisco. Antes ou depois, uma passada no Drosophyla. Fim (ou começo) de noite garantidos.
![Orfeu, escondido entre os prédios da Av. Ipiranga e da São Luís](http://atribuna.inf.br/storage/Variedades/Domingo_Mais/img4270836914155.webp)