Ruptura: um bom motivo para você experimentar o streaming da Apple

A série é divertida e assustadora, com aposta firme na ficção científica

Por: Gustavo Klein  -  03/07/22  -  11:52
Atualizado em 03/07/22 - 15:51
Ruptura
Ruptura   Foto: Divulgação

Recebi esta dica do amigo Thiago Wiggert. A descrição dele me fez assinar o streaming da Apple no mesmo dia para assistir a um show que, se não é novo (foi lançado em fevereiro último), é relativamente pouco conhecido, até porque o Apple TV+ está longe de ser a plataforma mais popular. Estou falando da série Ruptura.


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Criado por Dan Erickson e produzido e dirigido pelo ator Ben Stiller, o seriado tem cara de comédia, estilo The Office, mas está bem longe de fazer rir, pois possui elementos de ficção científica que tornam a coisa toda um tanto quanto sinistra...


A premissa é no melhor estilo Black Mirror, sucesso recente da concorrente Netflix: um grupo de funcionários de uma grande empresa voluntariamente aceita participar de um experimento científico que divide as suas memórias.


É assim: quando estão no escritório, só têm memórias de sua vida profissional. Quando voltam para casa, têm bloqueados quaisquer pensamentos relativos ao trabalho. Pode parecer algo positivo, afinal estar 100% com a família nos momentos de folga é um sonho… Mas, claro, a coisa toda foi feita para esconder um grande segredo. E obviamente um dos funcionários descobre que há algo errado e vai atrás disso, sem saber o tamanho da confusão em que está se metendo.


Os protagonistas são Mark (Adam Scott), que acaba de ser promovido após a demissão de seu melhor amigo, e Helly (Britt Lower), uma mulher que acorda em cima de uma mesa, sem memória, descobre que acaba de ser admitida na empresa Lumon e, em seu departamento misterioso, lida com o processamento de macrodados.


É na sala desse departamento que se passa uma parte considerável da ação. Fora da empresa, conhecemos um pouco da vida de Mark, sua luta para superar a morte da esposa e a relação com a irmã grávida e o cunhado.


Perdidas pelos episódios estão referências bem claras de outras narrativas distópicas, como Admirável Mundo Novo e as histórias de George Orwell ou Isaac Asimov. Divertida e assustadora, a série cumpre bem a função da ficção científica, de nos fazer refletir sobre o presente a partir de um possível futuro.


No elenco, grandes nomes como Adam Scott, Patricia Arquette (muito, muito sinistra), John Turturro, Jen Tullock, Tramell Tillman, Michael Chernus e o sempre ótimo (mesmo sendo um grande canastrão) Christopher Walken.


A parte visual da série se mostra espetacular, mas são mesmo a filosofia e os questionamentos que toda essa história maluca provoca que fazem desse um dos seriados mais intrigantes e interessantes dos últimos anos. Se você curte produções como The Twilight Zone e Black Mirror, não pode perder! Nota do crítico: +++++


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Julia e George
Que tal uma comédia romântica estrelada por ícones do cinema amados pelos fãs, como Julia Roberts e George Clooney? Pois é: vai acontecer. A dupla vai interpretar amantes que se tornam inimigos e que podem voltar a ser um casal em Ticket to Paradise. O filme mostra os ex-amantes viajando para Bali, na Indonésia, com o mesmo propósito: impedir que sua filha cometa o mesmo erro que eles acham que cometeram na juventude. A dupla de atores se reúne seis anos após o longa Jogo do Dinheiro, lançado em 2016.


O retorno do detetive
Quem curtiu Entre Facas e Segredos vai gostar: a nova aventura do detetive Benoit Blanc, Glass Onion, vai estrear em setembro no Festival de Toronto (Canadá). O longa é estrelado por Daniel Craig e terá ainda no elenco Edward Norton, Janelle Monáe e Kate Hudson, entre outros. No novo mistério, o detetive viaja até a Grécia para resolver mais um caso de assassinato.


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