Os fascinantes recursos e possibilidades para os drones no planeta

Podem parecer brinquedo, mas eles têm aplicações que desafiam a imaginação

Por: Marcus Neves Fernandes - Colaborador  -  31/07/22  -  12:20
Os drones são capazes de fazer em poucas horas o que duraria semanas ou meses
Os drones são capazes de fazer em poucas horas o que duraria semanas ou meses   Foto: AdobeStock

Fazer em poucas horas o que duraria semanas ou meses, obtendo dados, em tempo real, capazes de prever cataclismos, perda de água, danos ambientais e até pandemias. Para essas e outras proezas ainda inimagináveis, pense em drones.


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Fascinantes até como recursos educacionais, esses aparelhos, levados até à condição de brinquedos, surgiram há pouco mais de dez anos. Mas a sua origem é muito mais antiga e ligada à guerra.


Afinal, voar não se resume a deixar o solo. Voar permite uma nova perspectiva, que vai muito além do fracasso das diplomacias. Pelo menos é o que muitos cientistas estão demonstrando.


Drones já protegem banhistas em áreas com tubarões de 17 países, levam drogas para locais inacessíveis, ajudam a detectar vazamentos em quilométricos dutos, reduzem o uso de agrotóxicos na agricultura e são uma esperança nos esforços de fiscalização ambiental.


Na Suíça, por exemplo, com o uso de inteligência artificial, essas aeronaves começaram a dispensar o uso de sistemas de posicionamento global (GPS, na sigla em inglês), permitindo que naveguem sozinhas, até mesmo dentro de edificações, a mais de 70km/h!


Na Holanda, eles coletam amostras de água e solo. Ainda identificam habitats para espécies ameaçadas na Austrália e lançam sementes para reflorestamento na Indonésia. Na França, podem tanto induzir queimadas seletivas quanto, panoramicamente, auxiliar no combate às chamas.


Na América Central, vulcanologistas estão medindo as emissões de gases em vulcões com drones, melhorando a previsão de erupções e a sua influência no clima planetário.


Na medicina canadense, essas aeronaves não tripuladas encurtam distâncias no transporte de órgãos para transplante e, no Brasil, permitem até mesmo mensurar o tamanho de cardumes de peixes.


A educação, de certo, também já percebeu o fascínio que o aparelho causa nos jovens. Clubes de drones no Chile, Japão, EUA, Zimbabwe e Turquia, entre outros, surgem como chamariz para o ensino de Física, Matemática e Robótica.


E graças à nanotecnologia e à miniaturização dos componentes, estão (quase) se tornando invisíveis – uma questão de tempo até que realmente seja muito difícil percebê-los.


Os microdrones, com o tamanho da cabeça de uma formiga, já são testados para análise da poluição atmosférica e, em enxames, podem rastrear até mesmo a propagação de epidemias.


Como toda tecnologia, ainda mais uma que nasceu ligada a conflitos, eles também podem comprometer a nossa já frágil privacidade, por meio de uma vigilância dotada de todo tipo de sensores.


Motivo para preocupação? Talvez, porém, os drones repetem a saga de diversas outras invenções e as perspectivas para seu uso refletem o que fazemos desse conhecimento. Assim como o seu futuro demonstrará, também como sempre, a nossa própria evolução como espécie.


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