Neurocirurgião de Santos afirma que fé e práticas religiosas ajudam no enfrentamento de doenças

A fé exerce também poderosa influência no comportamento e convívio com pessoas

Por: Cláudia Duarte Cunha, Colaboradora  -  31/07/22  -  16:21
A relação entre a fé e a cura tem sido cada vez mais abordada por médicos e cientistas
A relação entre a fé e a cura tem sido cada vez mais abordada por médicos e cientistas   Foto: AdobeStock

A relação entre a fé e a cura tem sido cada vez mais abordada por médicos e cientistas. Mas o que acontece nesse mecanismo que relaciona a religião com o processo de melhora de doenças? O neurocirurgião Edson Amâncio diz ser evidente que a pessoa quando tem fé e faz uma oração ou meditação em prol de si é realmente beneficiada.


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“Estamos convencidos de que o paciente que é religioso entra em um estado de paz, ameniza a sua agonia, e isso colabora com a evolução de qualquer doença. O mesmo também acontece quando o doente é tratado por um médico empático e atencioso. Nesse caso, geralmente a evolução do quadro também é positiva”.


Segundo Amâncio, existe um aspecto curioso na questão da fé. “Já foi discutido em trabalhos científicos que existem áreas do cérebro envolvidas com a religião. Tenho pacientes em que o eletroencefalograma mostrou alteração em determinada área do cérebro, geralmente na região temporal esquerda. Essas pessoas costumam ter uma forte tendência a se apegar no lado espiritual, religioso. É como se houvesse uma região definida no cérebro que desencadeasse essa postura religiosa mais fervorosa. Há alguns casos comprovados desse comportamento. Esses pacientes acabam se tornando mais esperançosos, otimistas e menos ansiosos. E isso favorece a evolução de qualquer tratamento clínico ou cirúrgico”.


O assunto, que ainda gera polêmica e controvérsias, tem alguns estudos a favor. Trabalho do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com cerca de 250 artigos mundiais revelou que a prática regular da religiosidade reduz o risco de morte em 30% por AVC e problemas cardíacos, além de diminuir a carga viral em determinadas doenças.


Já uma pesquisa feita pela Universidade de Duke, na Carolina do Norte (EUA), comprovou que a fé ajuda os pacientes oncológicos a apresentar 40% menos chances de desenvolver depressão. Não resta dúvida de que as práticas religiosas ajudam no equilíbrio do corpo e da alma e auxiliam no enfrentamento das mais diversas enfermidades.


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