Na Netflix, dinamarquesa Borgen tem apelo diferente de outras séries políticas

As primeiras temporadas mostram Brigitte Nyborg, a líder de um partido pequeno da Dinamarca

Por: Gustavo Klein  -  05/06/22  -  14:05
Nova temporada de Borgen é atração nove anos após o cancelamento
Nova temporada de Borgen é atração nove anos após o cancelamento   Foto: Divulgação

Em um ano eleitoral, séries que se passam no universo da política naturalmente chamam mais a atenção. Não poderia haver melhor momento, então, para a Netflix reviver uma das mais interessantes produções do gênero: a série dinamarquesa Borgen, que teve três temporadas entre 2010 e 2013 e que, até por não ser norte-americana, tem apelo e construção diferentes de outras do segmento, como House of Cards e Scandal.


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Para relembrar, as primeiras temporadas mostram Brigitte Nyborg, a líder de um partido pequeno da Dinamarca que, por obra do destino, acaba se tornando a primeira mulher a alcançar o cargo de primeira-ministra do país.


Acompanhamos, então, a forma como ela, com sua visão de mundo feminina, muda a forma como o cargo era conduzido até o momento (e como ela própria é mudada pelo cargo). O seriado também mostra os desafios de conciliar a vida familiar e a profissional e a relação com a imprensa, elemento sempre muito forte na narrativa do show.


Essas três primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix há bastante tempo, e fizeram tanto sucesso que a própria plataforma resolveu ressuscitar a série, nove anos após seu cancelamento, como um Netflix Original. Na nova temporada (que tem o subtítulo O Reino, o Poder e a Glória), Nyborg já deixou o comando do país e é a ministra das Relações Exteriores.


Ela vê sua carreira e sua honra em risco quando uma disputa por petróleo na Groenlândia, território que é protetorado da Dinamarca, ameaça se tornar uma crise internacional. A nova temporada ainda acompanha a trajetória de Katrine, a ex-assessora de imprensa da primeira-ministra, agora de volta à tevê. São oito episódios no total.


Outras estrelas do mês de junho
A Netflix também tem outras estreias que vão chamar a atenção neste mês (e das quais vamos falar aqui na coluna, nas próximas semanas). Mas só para você ficar ligado: no final de junho, chega a versão coreana de um dos grandes sucessos recentes do streaming, La Casa de Papel. Também no fim do mês, um seriado com episódios bem curtinhos tem como destaque o ator britânico Rowan Atkinson: Homem X Abelha. Ele vive Trevor, que é contratado para tomar conta de uma mansão cheia de obras de arte e carros de luxo. Não é Mr. Bean, mas o tipo de humor é o mesmo.


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Racismo e Star Wars

Em um novo capítulo vergonhoso da cultura pop, a comunidade nerd mostra que tem entre seus segmentos uma porção de gente que não aprendeu nada com o que ensinam as próprias obras que admira. A atriz Moses Ingram, conhecida por séries como O Gambito da Rainha e que faz sua estreia na franquia Star Wars na série Obi-Wan Kenobi, recebeu centenas de mensagens racistas de supostos fãs. Para estes, vale o mesmo princípio que aplico a alguns torcedores de futebol: não são torcedores, nem fãs. São, apenas e lamentavelmente, criminosos. A série Obi-Wan Kenobi está disponível no Disney+.


Deneuve e o leão
A veterana atriz francesa Catherine Deneuve vai receber um Leão de Ouro na edição deste ano do Festival de Veneza pelo conjunto de sua carreira. A atriz, de 79 anos, trabalhou com alguns dos grandes diretores europeus da história, como Luis Buñuel, François Truffaut e Roman Polanski. Catherine estrelou, em 1967, um filme que venceu o festival de Veneza – A Bela da Tarde – e levou o prêmio de melhor atriz em 1998, por Place Vendôme. Ela também foi presidente do júri do festival em 2006.


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