Filme Thor: Amor e Trovão agrada, mas não supera o antecessor, Ragnarok

O novo filme do super-herói mantém a pegada de humor com ação

Por: Gustavo Klein - Colaborador  -  10/07/22  -  13:17
Chris Hemsworth funciona muito bem na comédia, e desta vez, Natalie Portman tem ainda mais destaque
Chris Hemsworth funciona muito bem na comédia, e desta vez, Natalie Portman tem ainda mais destaque   Foto: Divulgação

Confesso, para começarmos este papo, que não sou fã de filmes de super-heróis. Especialmente os da Marvel, que exigem que você tenha referências das histórias em quadrinhos, das séries e até mesmo dos jogos de videogame para entender completamente a história. Talvez por isso tenha gostado tanto de Thor: Ragnarok (2017), primeira incursão no universo da comédia rasgada dos heróis do estúdio. Esse longa contava uma história com começo, meio e fim, não se levava a sério e tinha um tipo de humor que funcionou muito bem para mim. Adorei!


Isso explica por que fiquei animadíssimo quando soube que uma continuação direta de Ragnarok seria produzida. E ela chegou nesta semana às telonas de todo o mundo. Thor: Amor e Trovão tem o mesmo espírito e o mesmo tipo de humor de seu antecessor e um protagonista que se encaixa perfeitamente em toda essa proposta: o ator australiano Chris Hemsworth, que é bonitão, carismático e funciona muito bem na comédia.


O elenco, aliás, está cheio de estrelas: Natalie Portman, já presença habitual nos filmes do herói, aqui tem ainda mais destaque. Christian Bale faz um vilão bastante divertido.


Juntam-se a eles Russell Crowe, Chris Pratt, Vin Diesel (na voz de Groot) e Bradley Cooper. Quem também está no filme são os filhos pequenos de boa parte desses astros, entre eles Natalie Portman, Bale e Chris. Imagino a alegria dessas crianças durante as gravações!


Na história, Thor está aposentado e buscando a “paz interior”. Mas sua tranquilidade é abalada e ele precisa deixar o exílio voluntário quando o assassino intergaláctico Gorr (Bale), conhecido como O Carniceiro dos Deuses, ameaça a sua existência. Ele, então, convoca Valkyrie (Tessa Thompson), Korg (com voz de Taika Waititi) e a ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), que, sem nenhuma explicação, empunha o martelo de Thor e clama para si o título de Poderosa Thor.


Destaque especial para o diretor neozelandês Taika Waititi, também responsável por Ragnarok e que dirigiu sucessos recentes como o drama de guerra Jojo Rabbit (indicado ao Oscar de Melhor Filme) e a impagável comédia de vampiros O Que Fazemos nas Sombras.


Diante da expectativa que eu tinha por causa de Ragnarok – e justamente devido à inevitável comparação –, Amor e Trovão não empolgou tanto. Não que o filme seja ruim; ele entrega exatamente o que se propõe: uma comédia com super-heróis e ação ininterrupta cheia de astros e estrelas (e trovões, claro...), dentro da proposta de outras produções recentes, como o filme Shazam! e a série The Boys, um grande sucesso do streaming Amazon Prime. Só que tudo funciona menos do que no antecessor. Ainda assim, um filme melhor do que a média das produções de super-heróis.


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