Especialistas dão dicas para um envelhecimento de forma leve e saudável

As novidades vão de produtos, artigos específicos e serviços até entretenimento diferenciado

Por: Redação  -  02/01/22  -  09:23
Atualizado em 02/01/22 - 10:51
Campeã brasileira de longboard na categoria 45+, Márcia Portes sente o reflexo da conexão com a natureza na longevidade
Campeã brasileira de longboard na categoria 45+, Márcia Portes sente o reflexo da conexão com a natureza na longevidade   Foto: Divulgação/Gustavo Antelmi

Em 2015, a população com mais de 60 anos no País somava 24 milhões de pessoas (11,9%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, o número pulou para 37,7 milhões (17,9%).


Os mais velhos vêm se tornando cada vez mais numerosos porque as pessoas estão vivendo mais, e a estimativa é que essa tendência continue. A questão é: como a atual geração chegará à idade mais avançada?


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Parte dos que atingiram ou estão perto de entrar na terceira idade já tratou de adaptar o ritmo de vida a essa “revolução da longevidade”. E essas pessoas estão prontas para desbravar todas as possibilidades que a mente deseja e o corpo permite no seu dia a dia.


Empresas especializadas em marketing e vendas já entenderam que os sexagenários de hoje são como os quarentões de ontem. Surgiu uma gama enorme de novidades em produtos, entretenimento, cultura, artigos esportivos e serviços voltados à “melhor idade”.


Para o presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), o médico Alexandre Kalache, não foi por acaso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Década do Envelhecimento Saudável, período de 2020 a 2030, justamente para frisar a importância de a sociedade se preparar para atender à vasta população idosa com políticas públicas mais consistentes.


De acordo com o relatório do 8º Fórum Internacional da Longevidade, o termo “envelhecimento saudável” não se refere só à saúde física, mas a aspectos amplos que partem do ponto de vista físico e passam pelo mental, social e financeiro.


“Você precisa ter conhecimento do envelhecimento, tem que se preparar para aprender ao longo da vida, fortalecer relações sociais com a família e amigos e se planejar financeiramente. Quanto antes começar, melhor”, explica Kalache.


Ritual diário
Carioca radicada em Santos há 18 anos, Márcia Portes beira os 50 com corpo e jovialidade que não combinam com a sua idade. O gosto pela água salgada também parece ser a fórmula da juventude.


Um ritual diário a ajuda a encarar o passar dos anos com leveza. A rotina inclui acordar antes de o dia clarear para poder ver o sol nascer de dentro da água.


Campeã brasileira de longboard na categoria 45+, ela sente que os problemas diminuem de tamanho quando as pessoas se conectam com o que amam. “Surfar é a minha terapia. Ter aquela uma horinha de silêncio, calma e tranquilidade é o que me faz ter forças para encarar o dia”.


Inteligência emocional
Aos 68 anos, a palestrante, empresária, escritora e estreante no universo do stand-up comedy Leila Navarro é um exemplo desse novo perfil de pessoa idosa. Esbanjando vivacidade, ela acredita que ultrapassar a barreira dos 60 com disposição física e intelectual depende de alguns fatores. Cuidar das emoções ao longo da vida, com certeza, é um deles. “Para ter uma vida longa, é necessário estabelecer uma atividade permanente, uma razão de viver. É preciso amar e ser amado. Sem isso, nós definhamos”.


Na opinião de Leila, os pilares para desenvolver força emocional e não deprimir com o passar dos anos envolvem o interesse em estar vivo. “O motor da vida é a paixão”. Rir é outra arma poderosa.


Resiliência
Com 67 anos, o dentista aposentado José Antonio Cardoso, conhecido como Zé da Praia, tem o surfe como estilo de vida desde os 15. Até hoje, o mar é a sua principal fonte de energia, além da alimentação saudável. Para recarregar as baterias, ao menos duas vezes por semana, ele pega onda.


Zé aprendeu com o mar coisas que levou para a vida profissional e pessoal: cair, tomar caldo, voltar a remar, deslizar, cair de novo e sempre recomeçar numa nova onda, que nunca é igual à anterior. Ele acredita que assim é a maturidade.


Motivado por sua grande paixão, Zé já viajou por muitos países e, atualmente, aguarda o fim da pandemia para colocar de volta a mochila nas costas.


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