A arqueologia também pode ser usada para o futuro; entenda como
Já pensou como seremos conhecidos pelas próximas gerações? Estudiosos avaliam que nome será dado ao período atual
Um grupo de cientistas, entre eles arqueólogos e antropólogos, foi convidado para responder e até mesmo para propor um nome que pudesse representar a nossa contemporaneidade. Para eles, podemos vir a ser conhecidos lá no futuro como os humanos da Era do Plástico.
Na verdade, essa resina sintética que chegou ao mercado há pouco mais de 100 anos pode muito bem sobreviver a nós. É o que diz Atsuhiko Isobe, professor do Instituto de Pesquisa de Mecânica Aplicada da Universidade de Kyushu, no Japão.
De acordo com ele, dois terços de todos os resíduos plásticos já produzidos pela humanidade são impossíveis de serem monitorados – o que o professor chama de plásticos ocultos, como os que se depositam no fundo do oceano.
O material, um amálgama de areia, conchas, corais, lava basáltica e resina artificial, acabou por formar um aglomerado ultrarresistente, desafiando previsões sobre quando será o seu desaparecimento.
“Os plásticos são uma cicatriz que, com sorte, alertará as gerações futuras sobre a loucura do consumo excessivo insustentável”, comenta Sharon George, diretora do núcleo de sustentabilidade da Universidade de Keele, também no Reino Unido.