Momo: entenda a 'boneca monstra' que tem apavorado pais e filhos no YouTube
A maior evidência de que 'Momo' estaria aparecendo para as crianças é de um vídeo que circula em grupos de WhatsApp e foi editado com essa informação
A personagem 'Momo' voltou a ser assunto no Brasil no último final de semana, depois que pais e mães começaram a compartilhar em redes sociais que a temida boneca estaria ensinando as crianças a se suicidarem em vídeos do 'YouTube Kids', uma parte do site voltada aos baixinhos.
Produções que fazem muito sucesso entre esse público, como brincadeiras com slime, a canção Baby Shark e do youtuber Lucas Neto seriam o alvo de possíveis hackers, que teriam introduzido a personagem no maior site de compartilhamentos de vídeos da internet.
De acordo com os portais Boatos.org e E-Farsas, especialistas em checarem histórias que fazem sucesso na web, a informação é FALSA. Os sites alegam também que a mesma informação circulou em países de língua inglesa há 15 dias e também causou pânico entre os familiares.
O youtuber Felipe Neto, um dos mais famosos e assistidos do site, produziu um longo vídeo explicando que a história foi inventada e dá dicas de como os pais podem se previnir, para que os seus filhos não assistam aos vídeos de pessoas que estão aproveitando o assunto para conseguirem visualizações na plataforma.
A maior evidência de que 'Momo' estaria aparecendo para as crianças é de um vídeo que circula em grupos de WhatsApp e foi editado com essa informação. Especialistas alertam que não é recomendável mostrar esse vídeo aos pequenos. O YouTube alega que fez um pente-fino em sua plataforma e divulgou uma nota esclarecendo os boatos.
Sobre o desafio Momo: não encontramos nenhum vídeo que promova um desafio Momo no #YouTubeKids. Qualquer conteúdo que promova atos nocivos ou perigos é proibido no YouTube. Se encontrar algo parecido, denuncie.
— YouTube Brasil (@YouTubeBrasil) 15 de março de 2019
Afinal, de onde surgiu essa boneca?
A 'Momo', na verdade, é uma escultura japonesa, de uma mulher-pássaro, que foi exposta em 2016 numa galeria de arte em Ginza. A personagem com olhos esbugalhados e sorriso sinistro teve sua imagem disseminada pelo WhatsApp, como um desafio viral que começou no México e se espalhou pelo mundo no ano passado, no qual os participantes eram estimulados a se comunicar com um número desconhecido.