Saiba como transformar sua casa em um ambiente ideal para home office
O ambiente precisa ser iluminado, ventilado e silencioso para o trabalho fluir
Trabalhar em casa é prática cada vez mais comum. Mas preparar o ambiente par esse processo é fundamental, ou o sonhado home office pode ficar comprometido. Afinal, a ideia é ter um espaço organizado, ergonômico e iluminado.
Os arquitetos Renato Andrade e Erika Mello, do escritório Andrade Mello Arquitetura, falam que antes, de tudo, é importante avaliar o tipo de uso: um ambiente para trabalhar todos os dias ou para ser usado pontualmente, para atividades esporádicas. "Depois de entender a necessidade, é o momento de escolher qual cômodo será transformado. Digo que essa prática não implica apenas em ligar o notebook e começar a digitar", lembra Erika Mello.
Para quem pode, vale investir em um espaço dedicado somente para o escritório, permitindo, assim, maior privacidade e instalação de armários para guardar documentos e materiais.
"Se for possível ter um cômodo só para o home office, o investimento pode ser um pouco maior e o foco passa a ser exclusivo para essa atividade. A localização ajudará a manter a concentração: escolha um local tranquilo e longe do barulho", diz Bruno Neves, do Studio A+B Arquitetura e Design.
Mas caso isso não seja possível, seu sócio, André Sant'Ana, garante que o espaço pode ser integrado a outros, como quarto, sala de estar ou até mesmo uma pequena área de circulação. “Atualmente, o home office é uma realidade, seja para profissionais liberais como para algumas empresas que optam por ter parte de seu staff trabalhando em casa, reduzindo custos e horas preciosas no trânsito”.
Iluminação
Seja qual for o local escolhido para sua instalação, os profissionais são unânimes em destacar a importância da iluminação.
“A luz natural é fundamental. Por isso, posicione, sempre que possível, a mesa de trabalho próximo a uma janela. Dessa forma, aproveita-se a luz do dia, evitando o cansaço dos olhos com a luz artificial. O ideal é investir em uma boa iluminação, dando preferência aos LEDs e a modelos exclusivos para mesas, como pendentes que ofereçam um foco direto, criando um ambiente mais aconchegante”, ensina Bruno.
Érika recomenda sempre a luz branca morna. “Em torno de 3000K, pois iluminará o suficiente para manter o conforto que o espaço pede”.
Outro recurso, como explica André, são as cortinas, que podem ajudar a compor o item iluminação, controlando a intensidade da luz natural e da sensação térmica, como também ajudando a compor a decoração, dependendo do modelo, cor e tecido escolhidos.
Falando nisso, não se esqueça das cores, pois, como ressalta Bruno, elas fazem parte das nossas vidas e refletem muito da nossa personalidade, do nosso humor, dos nossos estímulos visuais. “Busque tons confortáveis para que possa permanecer no espaço por mais tempo, sem enjoar facilmente”
Mobiliário
Segundo a arquiteta Cris Paola, do Studio que leva seu nome, na Capital, pode ser que o morador precise de espaço para armazenar documentos, livros e eletrônicos como notebook ou desktop — o que influenciará nas dimensões da bancada ou mesa —, bem como a impressora. “Para apoiar tudo que for necessário, a bancada fixa na parede é a melhor opção, mas, caso seja preciso utilizar a mesa, recomendo encostá-la na parede”.
A ergonomia é outro ponto a ser levado em conta. “Para tempos mais longos diante do computador, a bancada deve ter altura e profundidade para apoiar o cotovelo e não forçar o ombro e a coluna, evitando, assim, problemas de saúde”, aponta Cris.
Entre as principais regras apontadas por ela: 80 cm para as pernas são a altura ideal e, na questão da profundidade, 50 cm para notebook ou 60/70 cm para quem trabalha com desktop.
A cadeira deve ser confortável e ter um bom apoio para costas e braços. “A preferência são as giratórias com rodinhas, que garantem mais liberdade na movimentação”, diz Renato Andrade.
Confira entrevista completa na edição deste domingo (24) da AT Revista.