Sistema inédito no Brasil visa agilizar operações dentro do Porto de Santos
Plataforma que já é utilizada nos principais portos no mundo foi discutida no quarto painel do seminário Porto & Mar 2020
Atualizado em 01/12/20 - 22:21
Encarando uma realidade da tecnologia e praticidade dentro de suas operações, o sistema PCS deverá ajudar e facilitar as operações dentro de terminais portuários em Santos, sendo o primeiro porto a brasileiro a receber a plataforma. O assunto foi debate do quarto painel do Seminário A Tribuna Porto & Mar 2020, para o desenvolvimento do Porto de Santos.
O seminário marca o primeiro evento oficial do Santos Convention Center, na Ponta da Praia, inaugurado no mês de outubro.
O PCS, Port Community Systems, é uma plataforma eletrônica que conecta os múltiplos sistemas operados por uma varidade de organizações que ligam as autoridades que geram um complexo portuário.
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O sistema já é praticado nos principais portos do mundo e o complexo portuário de Santos seria o primeiro porto brasileiro a receber a plataforma, que iria agilizar a entrada e saída de contêineres do porto, assim facilitando suas operações.
Hans Rook, presidente da Internacional Port Community Systems Association, afirmou que, através do PCS, é possível haver uma comunicação entre todos os membros de uma única entidade.
"Percebi, hoje em dia, que embarcações demoram 72 horas para adentrar no Porto, e isso é muito tempo. O PCS é necessário no Brasil. Com ele, todos podem ler e entender todas as questões, pois é possível delas serem compartilhadas. O PCS deve ser feito no Porto de Santos e em todos os complexos brasileiros", afirmou.
A gerente de TI da BTP, Fabiana Alencar, afirmou que os desafios para integrar sistemas no Brasil são imensos. "Operar um terminal portuário já não é uma tarefa simples, e é necessário muito mais empenho e engajamento para manter as atividades quando se tem fatores de arquitetura de sistemas que complicam nossas vidas", disse.
A profissional da Brasil Terminal Portuário (BTP) explicou que, atualmente, existem cerca de 21 sistemas de obrigação legal em que o terminal precisa transmitir informaões, além de interfaces com clientes. "Isso poderia ser muito mais simplificado".
O painel que debatou a implantação do PCS nos portos brasileiro, especialmente o de Santos, contou, ainda, com a participação de Marcelo D'Antona, líder do projeto de modernização portuária do consórcio Palladium; Rob Jordan, gerente do IT Partner BV Holanda; Tiago Barbosa, coordenador geral de projetos da SECEX; Professor Vidal Augusto Zapparoli, coordenador do GAESI, da Universidade de São Paulo; e Angelino Caputo, Diretor-executivo da Abtra.