Em Santos, economista projeta crescimento acima do esperado na construção civil

Nova projeção foi feita por Ieda Vasconcelos durante o 9º Summit do Grupo Tribuna

Por: Daniel Gois  -  04/07/22  -  10:52
Atualizado em 05/07/22 - 09:47
Ieda Vasconcelos projeta crescimento acima do esperado na construção civil
Ieda Vasconcelos projeta crescimento acima do esperado na construção civil   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Em alta desde o ano passado, o setor da construção civil deve crescer acima do esperado em 2022. A projeção inicial era de 2,5%, mas a economista Ieda Vasconcelos, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), diz que o ramo pode atingir 3% neste ano. O tema foi debatido durante evento no Grupo Tribuna, em Santos, nesta segunda-feira (4).


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A economista ressaltou que mesmo com a pandemia de covid-19, iniciada em 2020, o setor manteve o ritmo de suas atividades, refletindo em uma alta de 9,7% no ano de 2021. A nova previsão para 2022 deve ser oficializada no fim de julho.


"Os resultados do primeiro trimestre deste ano nos levam para uma estimativa um pouco mais otimista do que esses 2,5% que aguardávamos. Pode ser que chegue a cerca de 3%, ou um pouquinho mais. O setor vive um momento de desafios e oportunidades", afirma Ieda, em entrevista para A Tribuna.


A especialista ressalta, porém, o impacto da alta nos preços de insumos, como aço, tubos de PVC e madeira. Ieda aponta que o crescimento da construção civil seria ainda maior se não houvesse esse problema.


"Poderíamos estar avançando bem mais do que isso se não estivéssemos vivendo um aumento tão expressivo nos custos dos insumos, que chega a superar 50% em 20 meses. Este é um problema que precisa ser resolvido. O Brasil é um país a ser construído. Temos um déficit de infraestrutura e habitacional muito grandes, gerando demanda para nossa atividade", pondera.


Construção civil no Brasil

Dentro dos trabalhos, o que mais se destaca são a construção de edifícios. Ieda Vasconcelos enaltece como a construção civil e o mercado imobiliário têm andado juntos.


"O País não cresce sem passar pela construção civil. O crescimento do setor é o futuro da economia brasileira. Nossas expectativas são positivas neste aspecto. As obras de infraestrutura têm registrado resultados positivos", pontua.


Outro destaque da apresentação, que abriu o nono Summit da Construção Civil, foi a importância do setor na geração de empregos. Na Baixada Santista, foram quase 240 mil vagas no ano passado.


"A construção civil hoje representa entre 5,5% e 5,8% do total de vagas com carteira assinada no País. Durante a pandemia, ela foi responsável por 16% do total de novas vagas geradas. A construção de edifícios se destacou e muito", comenta.


Summit da Construção Civil

A nona edição do evento ocorreu nesta segunda-feira (4), na sede do Grupo Tribuna, que fica na Rua João Pessoa, 300, no Centro de Santos.


Foi o primeiro evento presencial do setor desde o início da pandemia. Com palestras e painéis, o Summit visa discutir a importância e o futuro da construção civil. Empresários e pessoas ligadas ao ramo estiveram presentes.


O diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, destacou o quanto o debate é positivo para o ramo.


"Santos está num momento muito bom. A gente está em um crescimento grande na construção civil. Sinto os construtores muito otimistas e escutando aqui quanto o mercado vai continuar crescendo. Isso é muito positivo para a nossa região", afirma Santini.


É o primeiro evento presencial do setor desde o início da pandemia
É o primeiro evento presencial do setor desde o início da pandemia   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

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