Avaliação feita quando os jovens chegam às unidades da Fundação Casa evidencia deficiências básicas
Desafio é resgatar interesse pela escola
Atualizado em 07/10/21 - 18:34
“O que percebemos, em geral, é que estão há muito tempo fora da escola e há uma grande defasagem entre idade e a série”, diz Fernanda.
As impressões da educadora correspondem aos números apontados pelo IPAT. Enquanto a maioria dos jovens internados tem entre 15 e 18 anos, seria natural que também a maioria dos que disseram estar estudando estivesse no ensino médio. Porém, o censo apontou que a maior fatia dos que estudam está no 8º ano do ensino fundamental (22,3%), seguido do 7º ano (15,5%). Essa constatação segue o que já havia sido apurado no levantamento anterior, feito em 2017 pelo IPAT.
E a consequência desse tempo fora da escola e do pouco interesse pela educação é, segundo a educadora, “uma enorme dificuldade no que se refere à alfabetização e letramento. Eles não têm domínio sobre o básico: as quatro operações, raciocínio lógico, leitura e escrita e interpretação de texto. Corrigir isso, minimamente, é o carro-chefe do nosso trabalho aqui”.