Rodovias da Baixada Santista também devem ficar mais conectadas com a chegada do 5G
No Estado de São Paulo, estão previstos 25 trechos de rodovias federais, com 147 quilômetros
Se as cidades brasileiras querem mais conectividade com o 5G, as rodovias não ficam atrás nesse processo. No entanto, a ideia é ampliar o sinal 4G. Estranho? Nem tanto, segundo as normas do leilão. A obrigação é de conectividade por esse sistema em quase 40 mil quilômetros de estradas pelo País até 2029. No Estado, estão previstos 25 trechos de rodovias federais, com 147 quilômetros.
“Há regiões em que temos apenas 20% de conectividade. O próprio 4G já seria suficiente para levarmos mais serviços e melhorias na infraestrutura aos usuários de rodovia, com a possibilidade de pedir socorro usando um telefone celular normal (ler na página D-7)”, afirma Afrânio Spolador, diretor de TI da EcoRodovias. “Como as operadoras têm a obrigatoriedade mais rápida em grandes municípios e nós somos cercados por eles, muito provavelmente já teremos uma rede 5G compartilhada com a nossa rodovia”, diz.
Dentre as melhorias, ainda que com a ampliação do 4G, estão a implantação de novos equipamentos (IOT – Internet Of Things, a Internet das Coisas); monitoramento ainda mais eficiente, com informações em tempo real e novos serviços; rodovias com cobertura móvel: Cidades, Agro Conectado, Indústria 4.0 (ver na página D-8); rodovia segura, com rastreabilidade de carga; evolução dos meios de pagamento; veículo conectado (ver na outra matéria da página) e iluminação inteligente.
“O próprio 4G possibilita a iluminação inteligente. Cada luminária se conecta com uma rede celular e, a partir dali, consegue controlar a luminosidade daquela célula específica”, detalha Spolador. A redução de luminosidade, por sua vez, proporciona a redução de consumo. E o sistema também colabora para a eficácia na manutenção, alertando para falhas e luminárias queimadas.
Segurança
A maior conectividade também beneficia a segurança. A inteligência artificial, associada ao sistema de câmeras, poderá apoiar na previsão e prevenção de acidentes, como na DAI – Detecção Automática de Incidentes. E isso poderá ajudar a própria polícia, desde que ela também esteja inserida nessa sequência tecnológica.
“Temos imagens de um assalto na Imigrantes. Imagina entregar essa informação direta para o policiamento rodoviário, na palma da mão da viatura de inspeção. Para isso precisamos de conectividade”, exemplifica o diretor de TI da EcoRodovias. “Muitas vezes as viaturas policiais dependem do rádio. Se a gente imaginar um celular ou um pequeno tablet, com a imagem do que está acontecendo em tempo real de determinado local, ele vai conseguir atuar de forma mais rápida e, muitas vezes, mais preventiva. Não precisaria necessariamente do 5G, mas o uso melhor do próprio 4G”, explica.