Pandemia exigiu pensamento coletivo
A covid-19 alterou a maneira como a Baixada Santista é pensada
Uma situação decisiva para reforçar a necessidade da integração entre os nove municípios da Baixada aconteceu com a chegada da pandemia da covid-19. Em reuniões quase que diárias, as autoridades definiram posicionamentos conjuntos, fizeram pleitos ao Governo do Estado e redistribuíram forças no combate conjunto ao coronavírus. Além da decretação de um lockdown, em março deste ano.
Para Rogério Santos, foi a prova de uma convergência de intenções, benéfica para toda a região. “A forma como a região se articulou desde o ano passado foi muito boa, com levantamento epidemiológico, destacando a ampliação dos leitos e as ações de vacinação. Foi uma região que teve coragem de, no momento exato, fazer um lockdown, o que ajudou, e muito, a reverter um quadro desesperador. A Baixada se organizou de forma inédita, os nove prefeitos fizeram bloqueios sanitários”, relembra.
Ele cita alguns ganhos com a saúde na região, em função do pensamento metropolitano. “O Estado também investiu na rede hospitalar. Houve ampliação do atendimento. Em Santos, surgiu o novo Hospital dos Estivadores; o Irmã Dulce, em PG, com mais aportes por parte do Governo do Estado; em Cubatão, referência nova em oncologia e hemodinâmica; o Hospital Guilherme Álvaro, de relevância centenária; e os investimentos que foram feitos agora no Regional de Itanhaém e, para finalizar, os hospitais de Bertioga e Peruíbe”.
O ex-prefeito Alberto Mourão reconhece os avanços na saúde regional. No entanto, aponta que ainda há muito a ser feito. “Nós expandimos a região, mas não conseguimos dar referência de saúde. Expandimos em alguns setores, mas em outros não cresceu. Se eu tenho um tratamento de oncologia e sou de Peruíbe ou de Bertioga, vou para onde? Para o Guilherme Álvaro, em Santos”, observa.
