Frota de veículos triplica na Baixada Santista em 20 anos

Planejar mobilidade urbana entre as nove cidades será tema do fórum A Região em Pauta na segunda (29)

Por: Da Redação  -  28/11/21  -  09:01
Cenário regional de mobilidade é bem mais crítico do que o verificado na média estadual
Cenário regional de mobilidade é bem mais crítico do que o verificado na média estadual   Foto: Carlos Nogueira/Arquivo AT

A frota de veículos em circulação na Baixada Santista cresceu 206,26% (ou 636.655 unidades) entre 2001 e 2021, contra uma taxa estadual de 173,80% no mesmo período. O crescimento da frota regional de automóveis de passeio alcançou 139,60%, e o de motocicletas, 424,06%, contra as taxas estaduais de 136,35% e 388,49%, em idêntico período.


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Os dados são do Departamento Nacional de Trânsito e foram reunidos pelo Data Center Brasil (DCB), a pedido de A Tribuna.


O cenário regional de mobilidade é bem mais crítico do que o verificado na média estadual porque a Região Metropolitana da Baixada Santista possui apenas 0,95% do território paulista, detém 3% da frota total de veículos e ainda recebe a demanda de veículos na temporada e o movimento de tráfego do Porto de Santos.


Rodolfo Amaral, coordenador do DCB, destaca outro aspecto preocupante no cenário regional: o crescimento do número de motocicletas em circulação. Na região, o avanço foi de 99.228 unidades; no Estado, de 4.804.987; e no Brasil, de 24.510.051.


“Mesmo após a edição da Lei 12.587/12, de mobilidade urbana, os municípios da região devem enfrentar sérios problemas do controle da circulação de veículos no perímetro urbano”, prevê o analista de dados.


mobilidade urbana


O tema Mobilidade Urbana será o foco do último encontro deste ano do projeto A Região em Pauta, que ocorre nesta segunda-feira (29), a partir das 18h30, ainda de forma virtual, pelo Facebook do Grupo Tribuna.


O tema central do encontro será o planejamento da região a partir desse cenário em que a frota de veículos de passeio, motocicletas, caminhões e outros modais de transporte vem crescendo na região, enquanto a malha viária se mantém a mesma ou com poucas expansões há anos.


Do encontro de segunda, participará a superintendente de Trânsito da Prefeitura de Fortaleza (CE), Juliana Coelho. A cidade de Fortaleza vem se destacando no cenário nacional pelas políticas públicas que vem adotando nos últimos cinco anos.


Dados da Prefeitura cearense apontam que a média de acidentes com mortes caiu pelo menos 67%, entre 2016 e 2020, em vias que tiveram a velocidade readequada, por exemplo. Nesse mesmo período, a quantidade de atropelamentos também apresentou redução, de 21,5%.


O encontro também terá a participação de Márcio Aurélio Quedinho, diretor técnico da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem); Marcos de Souza, editor do portal Mobilize Brasil, uma das maiores plataformas de mobilidade urbana do País; e Antônio Carlos Silva Gonçalves, presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos.


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