Especialistas ressaltam necessidade de profissionais terem plano de desenvolvimento pessoal

Atualização no mercado profissional foi o tema de A Região em Pauta, realizado na segunda-feira, pelo Grupo Tribuna

Por: Anderson Firmino  -  04/05/21  -  17:48
 Para qualquer área de atuação, como a portuária, recrutadores buscam não só quem domine idiomas e maneje ferramentas tecnológicas, mas demonstre atitude no trabalho
Para qualquer área de atuação, como a portuária, recrutadores buscam não só quem domine idiomas e maneje ferramentas tecnológicas, mas demonstre atitude no trabalho   Foto: Matheus Tagé/AT

A busca por um talento próprio, antenado com que o mercado de trabalho pede. Não desistir de se recolocar e, de preferência, com um plano de desenvolvimento pessoal detalhado e capacidade de se adaptar a situações. São recados deixados na live do projeto A Região em Pauta sobre mercado de trabalho, nas redes sociais do Grupo Tribuna, realizada na noite desta segunda-feira (3), e mediada pela jornalista e gerente de Projetos e Relações Institucionais, Arminda Augusto. “Somos aplicativos. Temos que estar em constante atualização. Quando atualizar, trazer algum tipo de melhoria ou novas habilidades. Aprender, evoluir e trazer novas versões que possam somar ao seu perfil”, ensina Guilherme Filgueiras, gerente executivo do Page Group/Michael Page, uma das maiores plataformas de recrutamento de profissionais do País.


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Para ele, três elementos devem ser considerados quando se busca espaço no mercado: autoconhecimento, atitude e adaptabilidade. “É preciso estar aberto a pontos em que precisa se desenvolver. Além disso, mostrar atitude, algo que muita gente fala e pouca gente tem. E a capacidade de se adaptar. Muitas pessoas são resistentes a uma mudança, um ambiente diferente”, aponta.


Ricardo Pupo Larguesa, professor da Fatec Santos e da Fatec Baixada Santista, diz haver situações em que pode haver preferência por um profissional com boa postura e facilidade para desenvolver habilidades. Não apresentar informações falsas ou imprecisas sobre si também é primordial.


““Aprender a trabalhar de forma colaborativa em plataformas é, para qualquer área, um diferencial importante””


“Durante um processo seletivo, não adianta ser um ator ou uma atriz, vendendo algo que não se tem, pois uma expectativa alta que não é cumprida logo no começo da atividade até cria uma visão ruim sobre aquela pessoa”, ensina.


Idioma e ferramentas


Larguesa acredita, ainda, que o domínio de idiomas como o inglês e o espanhol, além do bom manejo de ferramentas tecnológicas, como Zoom, Microsoft Teams e outros aplicativos para comunicação, por exemplo, fazem parte de um kit essencial para entrar na briga por uma vaga com alta competitividade. “O domínio da ferramenta não está em conhecê-la, mas se adaptar e aprender rapidamente aquela ferramenta daquele momento. Aprender a trabalhar de forma colaborativa nessas plataformas é, para qualquer área, um diferencial importante”, complementa.


  Participantes da live de ontem destacaram a necessidade de se qualificar e desenvolver competências
Participantes da live de ontem destacaram a necessidade de se qualificar e desenvolver competências   Foto: Reprodução

Porto é tecnologia e se abre a quem vê longe


A importância do Porto de Santos para o mercado de trabalho regional é inegável. Porém, para tomar partido dessa força econômica, é preciso saber enxergar oportunidades. “Uma vez que você resolve atender às demandas do negócio portuário, seja qual for o produto, acaba por desenvolver um nicho, uma expertise. Isso serve para tudo, de papel a TI (Tecnologia de Informação). O fornecedor de qualquer tipo de serviço pode atender ao Porto. Uma confecção, por exemplo, com uniformes e equipamentos de segurança”, pondera Ricardo Larguesa.


Para ele, quem apostou em tecnologia, em especial na pandemia, se saiu bem. “O setor de TI já tinha uma cultura de trabalho remoto. Não houve dificuldade para esse modelo atual de trabalho. Tanto que, hoje, é o tipo de profissional requisitado pelo mundo todo.”


A demanda, bem maior que a esperada, contrasta com a falta de mão de obra qualificada. “Tivemos um aumento de 54% de clientes. O faturamento dobrou. E não conseguimos aumentar o número de colaboradores na mesma proporção”, acrescenta Larguesa, também atuante numa empresa de TI.


Competências


Guilherme Figueiras revela: 90% das pessoas que se matriculam em algum curso on-ine não o finalizam. E 60% nem dão o primeiro clique no material comprado. Um recado direto a quem busca recolocação – ou uma primeira chance. “As pessoas estão preocupadas com o certificado, com o carimbo, mas não na competência que o curso vai dar. O que faz com que o profissional cresça e siga na companhia são competências diferentes, como ser curioso, fazer o que ninguém quer fazer”, ensina.


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