Erradicação do déficit habitacional na Baixada Santista vai além da construção de unidades
Atualmente, o saldo negativo de moradias na região está em 66 mil unidades
Mediada pela gerente de projetos e Relações Institucionais, Arminda Augusto, o encontro teve a participação dos prefeitos de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande, além do secretário estadual da Habitação, Flávio Amary. O caderno deste domingo busca ampliar a discussão, com novos elementos.
Uma coisa é certa: não e
“Quando analisamos a composição do déficit habitacional, são vários problemas e, para eles, várias soluções. Não adianta só querer construir casa para resolver o problema” diz o secretário que, na última quinta-feira, visitou a Baixada Santista para discutir soluções habitacionais a famílias de baixa renda.
"Essas visitas são muito i
Prefeita de Praia Grande, Raquel Chini ataca um problema recorrente: a falta de recursos. “Como investimento, é um desafio muito grande apernas para o município. Precisamos de parcerias do Governo Federal e Estadual, para dar uma habitação digna. O que a gente pode fazer sozinho? Nada. Precisamos do apoio das duas esferas para conter as invasões em áreas de preservação, por exemplo. Não é só responsabilidade do Município”, frisa ela, que foi diretora-técnica da Agência Metropolitana, a Agem.
Prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista, o Condesb, Rogério Santos aposta no fator inovação para driblar as dificuldades. “Queremos que as pessoas habitem o local com o qual já estão familiarizadas, mas com dignidade. Com saneamento, energia elétrica e moradia adequada", analisa.
Kayo Amado, que admini
A solução metropolitana também é defendida pelo prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira.
Críticas
A retração de investimentos do Governo Federal na habitação é motivo de queixas das autoridades. De acordo com o secretário estadual de Habitação, Flávio Amary, a queda foi brutal. “É uma pena a falta de parceria. Lamentável a falta de investimentos. Não conseguimos fazer nenhuma nova parceria. Reduziu o orçamento em 98%, para R$ 26 milhões para o País todo. É menos de R$ 1 mi para cada unidade da Federação. Dá para fazer oito casas por estado”, resume.
Secretário de Habitação de Guarujá, Marcelo Mariano dá um exemplo prático do Conjunto Parque da Montanha de como faz falta o investimento federal. “Ao longo dos anos, a Prefeitura tinha obrigação de entrar com 10% e o Governo Federal com 90% dos recursos. Depois de 10 anos, o Ministério das Cidades entra com 10%, e a Prefeitura, com 90%”.