Bandeira de Bolsonaro, escolas cívico-militares seguem marcha rumo à Baixada Santista

Instituições estão a ponto de tornar-se realidade aqui na Região

Por: Da Redação  -  11/04/21  -  12:46
Deputado estadual Tenente Coimbra (PSL) apresenta projeto para pais em SV: audiência pública em maio
Deputado estadual Tenente Coimbra (PSL) apresenta projeto para pais em SV: audiência pública em maio   Foto: Divulgação

Enquanto se debate os caminhos da Educação no pós-pandemia - ou meios de mitigar os efeitos dela no atual estado de ensino híbrido, meio remoto, meio presencial - , uma política educacional marcha para ocupar espaço. Literalmente. As escolas cívico-militares estão a ponto de tornar-se realidade aqui na Região.


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Só na Baixada Santista, três cidades devem adotar o modelo este ano: São Vicente, Santos e Guarujá.
Os vicentinos devem assistir a implementação na Escola Municipal Jorge Bierrenbach Senra. Uma audiência pública, marcada para 5 de maio, irá discutir o assunto na cidade.


No fim do ano passado, a escola localizada no bairro Jardim Rio Branco foi selecionada para integrar o Programa Nacional da Escola Cívico-Militar (PECIM), tornando São Vicente a primeira cidade da Baixada Santista - e um dos primeiros municípios do Estado - a receber a iniciativa federal.


“Será o momento de apresentar o andamento do projeto, tirar dúvidas e conversar com os pais dos alunos, mas todos que apoiam o modelo no Estado podem acompanhar a live”, explica o deputado estadual Tenente Coimbra (PSL), um dos entusiastas da iniciativa.


Segundo ele, nas escolas cívico-militares os professores continuam responsáveis por ministrar as aulas e por toda parte pedagógica. Os militares cuidarão apenas da parte administrativa e disciplinar dos estudantes.


Expansão


De acordo com o site do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, a proposta é implantar 216 Escolas Cívico-Militares em todo o País até 2023, sendo 54 por ano. A iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, “apresenta um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa com a participação do corpo docente da escola e apoio dos militares”.


O modelo, contudo, também gera críticas. Para Priscila Cruz, o modelo só se sustenta em função de uma ideia enganosa de superioridade de desempenho das unidades.


“A população que faz essa demanda por escolas cívico-militares acreditou em um argumento enganoso de que elas são melhores", afirma. “A proposta não tem nenhuma outra explicação que não seja atender a um interesse de posicionamento político-ideológico do grupo que está hoje no governo”.


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