As várias faces da nova empreendedora

Pesquisa traça perfil da mulher que vai à luta, em busca de oportunidades que tragam realização pessoal e ainda tragam dividendos

Por: Da Redação  -  14/03/21  -  19:46
A mulher que empreende possui uma “cara”, quando comparada aos homens
A mulher que empreende possui uma “cara”, quando comparada aos homens   Foto: Pixabay

A mulher que empreende possui uma “cara”, quando comparada aos homens. Ela tem alto grau de escolaridade; é mais jovem; ganha um pouco menos e trabalha mais sozinha, entre outras características.


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É o que diz o levantamento Empreendedorismo Feminino no Brasil, divulgado pelo Sebrae em fevereiro deste ano. O trabalho traça o perfil das mulheres empreendedoras e sua evolução recente, com base nas informações disponibilizadas no PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE.


Para Priscila Veríssimo, do Sebrae, o resultado do levantamento é bastante revelador. “Estes dados gerais são muito importantes. Mostram por onde estamos caminhando”, expõe. E a pandemia tem motivado a “reinvenção”de quem já empreendia. “Elas vem sendo mais proativas também. Inovar, lançar novos produtos, de acordo com a necessidade do cliente. Então, essa mulher se adaptou”.


Ela cita o exemplo de novos negócios que surgiram a partir da crise instalada por conta da covid-19. “A mulher foi obrigada a pensar fora da caixa. Por exemplo: no segmento da confeitaria, uma vez que a gente se viu impossibilitado de comemorar aniversários, essas mulheres passaram a fazer kits menores”.


Mais estudo, maior disseminação


Priscila aponta que a maior escolaridade (29% com Ensino Superior e 39% com Ensino Médio) representam uma maior disposição para o aprendizado por parte das empreendedoras. “Quando nos referimos a Ensino Superior e Médio, percebemos que há mais mulheres capacitadas. Há uma busca muito grande por essa capacitação na gestão desse negócio”, analisa.


Renda, questão cultural


Em relação aos rendimentos das mulheres, percebe-se que 61% delas ainda recebem um salário mínimo. “É uma questão cultural, uma barreira que vem sendo quebrada ”, argumenta.


Priscila lembra que o empreendedorismo feminino é algo que vem ganhando cada vez mais força no nosso País. Até por isso, 49% delas são consideradas chefes de domicílio.


Uma outra característica do perfil empreendedor feminino levantado pelo Sebrae reside na idade das empresárias. “O empreendedorismo é mais presente em mulheres de até 44 anos. Ou seja, elas são mais jovens. 53% delas têm até 44 anos”, diz a analista.


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Visão moderna


O sonho de crescimento é comum a todas as empreendedoras. E ele se manifesta nos detalhes, como o entendimento da força da tecnologia, lembra Priscila.


“Uma coisa que achei muito interessante nessa pandemia é que as mulheres buscaram ficar mais tecnológicas. Elas fizeram uso das redes sociais. Fizeram mais publicações. Isso é primordial, no momento em que estamos vivendo”,.


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