Após ameaça de fechamento, Cine Roxy alimenta boas expectativas
De acordo com o proprietário Toninho Campos, o futuro já começou – e ele traz boas perspectivas para as salas de cinema
Um drama com final feliz. Assim puderam ser descritos os últimos meses para o Cine Roxy, um dos marcos da cultura na Baixada Santista. A ameaça de fechamento, em função de dívidas, foi afastada. E, de acordo com o proprietário Toninho Campos, o futuro já começou – e ele traz boas perspectivas para as salas de cinema.
“O negócio só conseguiu sobreviver graças à ajuda dos amigos que não só me apoiaram financeiramente, mas apoiaram conseguindo ajuda – consegui recentemente da Ancine BRDE. Esse mês de julho foi muito bom. Sou um cara otimista. Mas, se a pandemia me ensinou algo, foi a controlar o dinheiro”, avalia.
Campos não teme a concorrência dos serviços de streaming, que ganharam força com as pessoas obrigadas a ficar em casa nos tempos pandêmicos. Ele vê uma ligeira mudança, sobretudo quanto aos filmes de arte ou voltados a públicos específicos. Mas os blockbusters, quando voltarem de vez, vão garantir tempos promissores para os exibidores.
“O filme bom nunca vai sofrer concorrência do streaming. No meu caso, acho que existem segmentos que nunca mais vão voltar ao que eram. Mas essa procura do igual, as pessoas que sentem as mesmas necessidades querem se encontrar, o cinema entrega de maneira única. O que precisa ter é produto”.
O bom futuro não esconde o drama recente. Toninho Campos conta como foram os meses de salas fechadas e cheios de incertezas.
“O cinema tem muitos altos e baixos. Que duram um pouco mais ou pouco menos. Mas nunca por um período tão grande como foi esse. Pensamos que, em janeiro deste ano, as coisas iriam se normalizar. Quando vimos, pioraram”.
O proprietário do Cine Roxy já antecipa os protagonistas de uma nova onda de salas cheias. É o caso da sequência de Avatar, sucesso de James Cameron. Mas o filme perfeito, para ele, será o do fim das restrições. Um happy ending mais que desejado.
“As produções estão sendo retomadas. No caso do cinema, o auge vai ser, no ano que vem, uma retomada como nunca teve. A expectativa é de que, ainda este ano, a gente possa confraternizar, se abraçar, beijar, e fazer tudo aquilo que faz a gente ser santista e brasileiro. Isso que me deixa feliz”.
