Criatividade e bom-humor são show à parte nos 10 KM Tribuna FM-Unilus
Homenagens a heróis da vida real e dos quadrinhos encantam o público e dão um colorido especial à prova
A busca por destaque para alguns foi além da preparação física. A criatividade contou pontos para empolgar ainda mais o público no 34º 10 KM Tribuna FM-Unilus. Há cinco anos, o vicentino Reginaldo Amaro da Silva, de 55 anos, vira um super-herói para superar o percurso da prova e cruzar a chegada. De capa e máscara, ele veio de Batman.
“Fiz como uma homenagem à minha mãe, que morreu em 2013. Desde então, venho assim. É mais para me divertir, interagir mais com as pessoas”, explica.
Em meio a tantos personagens, como Hulk, Chapolim Colorado, Homem de Ferro, Super-Homem, Os Incríveis, o morador de Guarujá Ricardo Nascimento, de 45 anos, queria atender o pedido do filho de 13 anos de chamar a atenção durante a prova.
“Já tem tanto herói bacana que pensamos que eu poderia ficar diferente se encarnasse um vilão”, conta o participante, que veio como o assassino Ghostface, do filme 'Pânico'.
E pai e filho colocaram literalmente a mão na massa para a fantasia impressionar o público, uma vez que a máscara foi feita artesanalmente por eles. E o esforço valeu a pena e fez com que Nascimento cumprisse o prometido ao filho: na chegada, muita gente pediu para fazer foto com ele.
Homenagem
O paulistano Juvenal Andrade, de 49 anos, já considera o macacão e capacete de corredor de Fórmula 1 um uniforme dos 10 KM. Das 12 edições que participou da prova, oito aconteceram nesta fantasia.
“Mas, agora, quando acaba de completar 25 anos da morte de Ayrton Senna, é importante, mais do que nunca, lembrar da importância que ele teve para o esporte”, conta o homem. O piloto morreu em 1º de maio de 1994, em acidente na Itália.
Mas a referência ao ídolo brasileiro traz uma dificuldade maior para Juvenal na prova. “A roupa é pesada e esquenta muito, mas vale a pena porque durante o trajeto a gente vê o público aplaudindo, dando força e incentivando. Dá para imaginar como era a emoção para o Senna ao final de uma corrida”, compara ele, que teve um bom desempenho, chegando pouco tempo depois dos vencedores do masculino.
Público
A plateia na hora da chegada teve um papel fundamental não só para Andrade. Os participantes eram recebidos com a festa e os aplausos de pessoas que chegaram cedo à Avenida Vicente de Carvalho, no Gonzaga.
Antes das 8h, a secretária Katia Regina Soares Almeida, de 32 anos, já ocupava um lugar em frente ao gradil perto da chegada. “Adoro ficar aqui e ver o esforço dos atletas. Realmente merecem essa comemoração”, diz.
O aposentado José Andrade Santos, de 74 anos, veio manter a tradição dos últimos 15 anos: prestigiar os 20 mil participantes. “Chego aqui por volta das 7h30 e só vou embora depois que o último passa. É muito bonito fazer parte disto”, conta.
Além de olhares atentos, para registrar os melhores momentos, um mar de celulares captou o percurso e principalmente o final da prova. A cena mais corriqueira ontem foi a de grupo de corredores se reunindo no final da prova para uma selfie na linha de chegada.