Tribuna do leitor, de 3 de agosto de 2022
Hoje, com as participações de Pedro dos Santos Neto, Luiz Alberto Reis e outros
Desperdício
No último final de semana, vários partidos políticos fizeram convenções para indicar os candidatos que irão concorrer às eleições de outubro. Com tantas legendas, fica difícil para os eleitores saberem quantos candidatos estarão concorrendo e em quais cargos. No último domingo, foram citados candidatos à Presidência, pessoas que nunca foram sequer vereadoras... Mas, como democracia é assim mesmo e “todos são iguais e têm os mesmos direitos”, que assim seja. O pior é que tem muita gente que não sabe que esse desperdício de dinheiro está saindo do nosso bolso. É como se um pai rico tivesse comprado os melhores e mais caros brinquedos para seus filhinhos, e os colocassem para brincar na frente das favelas, para mostrarem suas grandezas. Nesta balbúrdia toda, tem alguns candidatos que me fazem lembrar o Chico-do-Cachimbo, semi-analfabeto, que saiu candidato a vereador pelo partido MTR em 1968, e só teve um voto. Talvez o dele mesmo! Só que naquele tempo, as candidaturas eram bancadas dos próprios bolsos. Agora, imaginem como o coitado ficou?
Josemilton de S. e Silva - Vicente de Carvalho
Gratidão
Hoje é muito difícil quem expressa a sua gratidão a alguém. Falam que somos digitais ou virtuais. Mas não, nós somos humanos, com sentimentos. Podemos expressar as nossas emoções, como, por exemplo, a gratidão. Fiquei emocionado por ver citado na crônica do senhor Rubens Miranda de Carvalho o agradecimento ao sr. Vicente J. Tavares, pessoa que conheci pessoalmente. Era dono do atacado de secos e molhados na Av. São Francisco, seu armazém, que ficava onde hoje estão os fundos das Casas Bahia. Mas, além disso, era também dono da Mercearia Casa Haia, na Rua João Pessoa, onde hoje são as Lojas Americanas, e também da Mercearia Natal, na esquina da Frei Gaspar com Amador Bueno. Era pessoa tão boa que costumava fazer dos seus bons empregados sócios da sua firma. Como é tão bom recordar pessoas desse quilate.
Fernando Martins Braga - Santos
Feminicídio
Aumenta a cada dia a violência contra mulheres no Brasil. Elas estão indo ao chão como folhas de outono. E segue-se sem a criação de uma lei que faça seus algozes pensarem duas vezes antes de cometerem seus crimes. Mas isso não é importante. O importante é que as mulheres que compõem o quadro do Congresso Nacional estão bem e em segurança (sem criarem as leis que efetivamente reduzam essa violência) e ainda pedem votos das mulheres para suas reeleições. O resto, como o próprio nome diz, é resto.
Pedro dos Santos Neto - Santos
Copo meio cheio
A taxa de desemprego reduziu para 9,3%, menor patamar desde 2015, algo que deveria ser comemorado, levando-se em conta os dois anos de paralisia da economia. Porém, ela é de menor destaque na mídia, onde o “mas” tem mais ênfase que a notícia em si. Cita-se a redução, e em seguida vem um tsunami de, “mas temos o aumento da informalidade”, “mas temos uma redução do rendimento médio”, “mas temos uma previsão de desaceleração para o semestre” etc. Os problemas foram criados há muito tempo e não se resolverão num simples estalar de dedos, mas poderão ser minimizados se passarmos a adotar otimismo nas mensagens. Para começar, que tal comemorando as vitórias, por menores que sejam, pois elas ajudam a sobrepujar as adversidades? Os percalços futuros devem ser lembrados para nos prepararmos, porém, não enfatizados e priorizados na notícia. O copo meio cheio deveria ser a tônica e não o copo meio vazio.
Ademir Alonso Rodrigues - Santos
Arrastão na Biquinha
Vendo os vídeos do final de semana acerca dos assaltos na via que sai da Ponte Pênsil, sentido Biquinha, algumas reflexões cabem: cadê a GCM? Não está, pois a ela cabe a guarda dos próprios municipais; cadê a PM? Não está e, se estivesse, pouco poderia fazer, por se tratar de delinquente menor de idade; cadê a Polícia Civil? Não está e, se estivesse, pouco poderia fazer, pois se levasse esse bando de menores marginais ao plantão, o delegado daria a maior bronca, já que a legislação é superprotetora com esses “meninos”. Enfim, melhor a Prefeitura fazer o que já deveria ter feito, construir uma alça de saída para quem vem da ponte e se dirige ao Gonzaguinha, via praia. Com isso, o semáforo se tornará inútil naquele local. Simples assim!
Luiz Alberto Reis - Santos