Tribuna do leitor, de 1º de julho de 2022

Hoje, com as participações de Ademir Alonso Rodrigues, Álvaro Raymundo e outros

Por: Redação  -  01/07/22  -  06:09
Leitor reclama do excesso de multas no trânsito aplicadas em Santos
Leitor reclama do excesso de multas no trânsito aplicadas em Santos   Foto: Matheus Tagé/AT

Homenagens

Desde os primórdios da civilização, os heróis sempre foram reconhecidos por suas conquistas. Os gregos e romanos os homenageavam com folhas de louro e, atualmente, com medalhas e diplomas. Nada mais justo àqueles que se distinguiram dos demais, por prestarem honrosos serviços à sua comunidade e à pátria e, portanto, receberam o reconhecimento por ações extraordinárias, fora do comum, e com repercussão positiva no meio em que vivem. Infelizmente, essas diretrizes parecem que estão sendo esquecidas ou ignoradas, pois rotineiramente vê-se homenagens que fogem à função precípua da comenda, conforme exposto acima e, pior, pode levar à sua banalização. Ilustrando, leio o embate entre os vereadores que querem cassar a outorga concedida ao José Dirceu, em represália ao pedido de cassação do título do ex-ministro Milton Ribeiro, que devem ter prestado serviços incomensuráveis à sociedade e particularmente a Santos.

Ademir Alonso Rodrigues - Santos


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Multas

A notícia veiculada neste jornal no dia 6 passado, sob o título “Santos tem um terço das multas da região”, revela um dado extremamente preocupante: o de que muitas multas estão sendo aplicadas de forma irregular ou equivocada. Isso fica evidente quando se analisam os números nela apresentados. Segundo a matéria, de janeiro a maio deste ano, foram aplicadas 90.777 multas em Santos. Desse total, 4.129 (1,5%) geraram recursos para a Jari, dos quais 1.333 (32,3%) resultaram em punições anuladas. Ora, o elevado número de multas anuladas chama a atenção e nos leva a questionar a razão pela qual tantas multas vêm sendo aplicadas de forma irregular e o que tem sido feito pela CET para que seus agentes e equipamentos não registrem infrações irregulares. A considerar a matéria veiculada por este Jornal em 1º de março deste ano, sob o título “Dois de cada três carros de Santos levam multas em 2021”, o que vale dizer 184.773 (62,25%) da frota informada de 278.897 veículos, permite concluir que o caráter pedagógico que se deve atribuir à autuação não vem sendo observado, implicando na arrecadação de valores indevidos. Só para se ter uma noção, tomando por base o valor atualmente atribuído às infrações de natureza grave (R$ 195,23), e o número de multas anuladas em grau de recurso pela Jari (1.333), apura-se como irregular a arrecadação do montante de R$ 260.241,59. Se se projetar os 32,3% sobre o total de multas aplicadas (90.777), vislumbra-se um valor maior. Apura-se, ao menos em tese, 29.320 multas irregulares, o que autoriza entender que, tendo como referência o mesmo valor da multa de natureza grave, haveria, por baixo, uma arrecadação irregular em torno de R$ 5.724.333,17. Será que não está havendo um exagero, abuso de direito ou desvio de finalidade da autoridade de trânsito municipal na autuação das infrações a ponto de merecer a atenção e eventuais providências dos órgãos competentes como o Ministério Público, por exemplo?

Álvaro Raymundo - Santos


VLT e calçadas

Como parte das obras de ampliação do VLT, ruas do entorno da nova linha, no Macuco, estão recebendo novo calçamento. O que é ótimo! Favorece caminhadas, e os deslocamentos a pé fazem parte de um modelo sustentável de mobilidade urbana. Entretanto, ao contrário das calçadas mais recentes em outros bairros como Aparecida (Conjunto Jaú), Ponta da Praia (Avenida Saldanha da Gama), no Macuco os passeios não estão sendo contemplados com grama nas bordas. Esse recurso, além de melhorar o paisagismo (mais verde, menos cinza), facilita a drenagem. Por que essa qualidade não está sendo aplicada nas vias macuquenses também?

Wagner de Alcântara Aragão - Santos


Retorno

Não adianta. Podem tentar de tudo, mas nada. Absolutamente nada apagará a "promiscuidade com dinheiro público" protagonizado durante o governo do PT. Não dá para mensurar os malefícios com mortes, abandonos e promiscuidade de princípios a que foi levada a população. Serão décadas sentindo os malefícios. Dá para voltar?

Beatriz Campos - Santos


Contradição

Por força de lei se proíbe a pena de morte para um criminoso mas libera a matança para um inocente indefeso. E tem pessoas que ainda dizem: "Graças a Deus prevaleceu o bom senso. O aborto legal foi autorizado". É dever do Estado a preservação da vida. Nesse caso, a vida do inocente deveria ser preservada tendo, nesse momento de angústia para a vítima do estupro, toda assistência psicológica que a situação impõe, até que o parto, no seu devido tempo, fosse realizado e, por decisão da vítima ou familiares, decidir pela adoção ou não do inocente.

Pedro dos Santos Neto - Santos


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